A cotação do milho opera acima de US$ 7 por bushel em Chicago pela primeira vez desde 2013. O analista de mercado da Stonex, Jonas Pizzatto, afirma que os problemas com a segunda safra do Brasil estão influenciando diretamente os preços no exterior.
“Vemos as cotações subindo muito forte em detrimento a todo um contexto mundial da alta das commodities, do mercado mais consumidor, principalmente a China que vem importando muito milho americano. Contudo, as últimas altas refletem a condição brasileira e o problema que a nossa safrinha vem enfrentando tem pressionado as cotações em Chicago”, diz.
A Stonex estimava uma safrinha em 82 milhões de toneladas, com o Brasil exportando 35 milhões de toneladas no ciclo 21/22. Com o atraso do plantio e as condições adversas tem influenciado no desenvolvimento da safrinha, agora com volume estimado entre 70 e 72 milhões de toneladas.
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O analista de mercado ainda se mostra preocupado com o movimento de mercado e possível elevação dos preços de paridade nos portos. “Uma vez que o Brasil deixa de exportar, alguém precisa ocupar esse espaço no mercado internacional e o maior cotado para essa posição são os Estados Unidos. Os reflexos das cotações de Chicago se deve ao movimento do mercado pois há quebra da safrinha no Brasil, elevando as exportações dos Estados Unidos, consequentemente o país americano tem os níveis de estoques mais baixos, fazendo os preços subirem fazendo a paridade de exportação também elevar”, explica Pizzato.