A alta nos preços dos alimentos da cesta básica levantou uma discussão polêmica. Indignado com a tentativa de algumas pessoas de culpar o produtor rural, o coordenador agrícola Lucas Siqueira desabafa, criticando o fato de a população gastar com outras coisas mais caras e ainda culpar o setor quando a conta não fecha.
“Um saco de arroz de cinco quilos, para duas pessoas, dá quase um mês. Vocês vão ao shopping, compram lanche de R$ 30 e não reclamam. Vão ao cinema, e é quanto? R$ 20? R$ 30? Ainda pegam pipoquinha e guaranizinho, e não reclamam. A pessoa compra tênis de R$ 1.000, e o problema é o saco de arroz”, dispara.
Segundo Siqueira, a população vai ter motivo para reclamar quando o produtor rural largar a atividade por falta de condições. “Queria que vocês chegassem no mercado e perguntassem: Onde está o arroz?’ e alguém respondesse ‘acabou’. ‘E o feijão?’ ‘Acabou’. Aí, acho que vocês iam reclamar, porque aí não teria”, diz.
O coordenador agrícola destaca que a agropecuária é uma indústria a céu aberta, com pouca margem de erro. “A gente faz tudo certinho, mas é o homem lá de cima que manda. Então não façam isso [criticar], apoiem quem está produzindo, por aqui o chicote estala e bate só do lado que dói”, afirma.