– Os contratos estão sendo firmados desde o mês passado e a gente nunca tinha visto isso, contratos serem negociados a futuro. O preço negociado é bem interessante para o feijão caupi e anima muito que a leguminosa de Mato Grosso tenha uma demanda internacional – comemora Lüders.
Esses contratos, normalmente, são fechados para abril/maio, em curto prazo. Porém, no mês passado, houve um número significativo de negócios. O principal motivo é a demanda internacional pelo produto.
No mercado interno, produtores que colheram entre março e na primeira semana de abril venderam o feijão entre R$ 130 e 150.
– É um bom preço para o momento. Em um momento em que o custo gira em torno de R$ 100, o valor pago ao produtor é remunerador. Deu pra dar uma folga no caixa e recuperar um pouco do que o produtor perdeu no ano passado, quando os preços estavam bem ruins – ressalta o analista.
Porém, Lüders alerta para o quadro é de uma maior oferta no mês de maio. Além disso, os preços devem se estabilizar nos próximos dias, mas com tendência de queda no próximo mês quando o mercado terá feijão colhido em Goiás, Minas Gerais e a segunda safra da leguminosa no Paraná. Portanto, pode ser um período de provável desvalorização. Mas tudo depende do climapara frente fria no estado paranaense para o feijão.
– É importante ficarmos atentos ao clima, principalmente no Paraná. Se for ruim para o feijão, o preço permanecerá bom para o produtor – pondera o analista.
*Com edição de Flávya Pereira