A China impôs quarentena a navios de 13 países, entre eles os Estados Unidos. A medida, que visa proteger o país de novos casos de coronavírus, pode afetar negativamente a logística marítima mundial, travando o escoamento de produção.
Segundo Paulo Molinari, analista da Safras & Mercado, o Brasil está em uma posição favorável neste momento, ficando de fora da lista. “Nós continuamos com duas coisas positivas neste momento para soja, que são o bom volume de compras pela China e o câmbio brasileiro, que vem sustentando os nossos preços aqui internamente”, disse.
Os Estados Unidos pode ser um dos países mais prejudicados, já que é um dos principais fornecedores de soja para os chineses. “Para o mercado americano, que já não estava conseguindo vender muita soja para China, tendo ainda mais essas restrições sanitárias, pode, sim, ser um fator negativo”.
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A restrição chinesa pode influenciar também na formação de preço na Bolsa de Chicago. “Naturalmente, qualquer anúncio no meio dessa situação crítica comercial global, qualquer informação que possa trazer algum atraso, alguma dificuldade comercial, vai acabar sendo negativa para os preços”, completou Molinari.