As condições climáticas afetaram o cultivo do feijão no Brasil e estimularam a alta dos preços pagos ao produtor rural. A saca em São Paulo atingiu R$ 560, recorde histórico no país. A tendência, segundo analistas, é de que a tendência de alta continue até o fim do ano.
Durante entrevista a segunda edição de Mercado & Companhia desta segunda feira, dia 20, a analista de mercado da Unifeijão Sandra Hetzel destacou a quebra de 500 mil toneladas do grão em 2016 e afirmou que a última safra, que começa em setembro, não deve ultrapassar 800 mil toneladas.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam uma safra de 3 milhões de toneladas neste ano, que a analista também contesta. Segundo ela, o clima foi decisivo para a disponibilidade do feijão no Brasil e os estoques estão reduzidos. Ela também dá sua opinião sobre o novo preço miníno que a Conab deve divulgar nesta terça, dia 21, e diz que é um contrassenso analisando a situação atual dos preços. Mesmo assim, espera que o governo aumente o valor para pelo menos R$ 100 a saca.
A meteorologista do Canal Rural, Pryscilla Paiva, alerta para as chuvas no início da estação e para os prejuízos durante a colheita do grão. Os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul serão os mais afetados.