Ao quadro Agroexport desta semana, o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, explicou como a exportação do complexo soja vem crescendo de janeiro a maio de 2023, embora isto esteja resultando em um menor volume cambial.
“Estamos exportando mais grãos, farelo e óleo, mas não só por conta da safra recorde. Também temos a quebra de safra na Argentina, que está colhendo uma safra abaixo de 25 milhões de toneladas de um potencial de 50 milhões de toneladas”, contextualizou. Segundo ele, esse cenário gera uma demanda que acaba sendo atendida pela produção brasileira. “Estamos exportando mais com uma receita menor. Isso se deve a Chicago que, de uns três meses para cá, veio de 14 a 15 dólares por bushel para 12, 12,5 dólares por bushel”, disse.
Com isso, ele aponta que o câmbio dos últimos cinco meses também impactou.
Grãos
Ao Mercado & Companhia, Ferreira mostrou que de janeiro a maio deste ano, em números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o volume de grãos de soja exportado chegou a 49 milhões de toneladas, com uma receita de 26,5 bilhões de dólares.
Farelo
“Tanto em grãos quanto no farelo, de janeiro a maio, a gente está com um acumulado maior do que no mesmo período do ano passado”, afirmou ele, apresentando um comparativo completo, de 2019 a 2023.
Óleo
“No mesmo período [de janeiro a maio] do ano passado, a gente tinha feito 995 mil toneladas. Agora já temos 1,2 milhão de toneladas exportadas”, contou.
Análise
Conforme Giovani, nos cinco primeiros meses de 2023, o complexo soja atingiu R$ 32,6 bilhões de dólares em exportações, o que é 15% superior ao valor do ano passado. “Porém, estamos recebendo menos pela tonelada média. São 5% a menos”, afirmou.
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