O Brasil decidiu assinar um acordo que prevê a redução de 30% nas emissões de metano até 2030 durante a COP26. Para o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa, a decisão deveria ter sido discutida previamente com a agropecuária nacional antes de firmar um acordo internacional, já que a decisão pode impactar o setor.
“O impacto não é pequeno, nós estamos falando do maior exportador de carne bovina, com um rebanho de 218 milhões de cabeças e 6,2 mil boi e vacas confinadas desde o ano passado. Uma pecuária que vem evoluindo tecnologicamente e diminuindo o espaço do tempo de abate, conversão de proteína e carnes. Tudo isso a pecuária brasileira já vem se destacando”, diz o comentarista.
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Benedito ainda ressalta que a decisão surpreendeu as lideranças brasileiras, já que até mesmo o Ministério da Agricultura já havia se posicionado contra.
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“Os Estados Unidos conseguiu alavancar o governo Biden, envolvendo 60 países em poucos dias para se juntarem e assinar um compromisso junto com o Brasil, de reduzir a emissão de gás metano em 8 anos. Essa é uma meta que surpreendeu as lideranças da pecuária brasileira, pois esse assunto já vem sendo discutido e o Ministério da Agricultura já havia se posicionado contra. Além de dirigentes da pecuária levantando dúvidas de como isso será realizado”, pondera.
O comentarista reitera que os maiores emissores do gás metano são a China, Índia, Rússia e Turquia e ainda assim não assinaram o acordo. “Estados Unidos ocupa a quarta posição e o Brasil na sequencia ocupando a quinta posição dos países que mais geram gás metano, ou seja, começa com efeito limitado da decisão. Embora que estamos conscientes que o mundo necessita de medidas dos excessos que vem sito cometido com o planeta e principalmente o clima. Contudo, estipular uma meta com prazo tão curto e não se discutir com a pecuária brasileira e tão pouco como isso será alcançado em 8 anos”, diz.
Rosa ainda cita outros fontes de geração de gás metano como aterros, erupções e geração de energia, mas o setor da pecuária será o mais impactado com a decisão. “Agora crucificar a pecuária brasileira tão rápido parece uma decisão que não foi consensual e discutida dentro do Governo brasileiro. Antes disso deverias elaborar programas e metas antes de firmar este compromisso mundial”, conclui.
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