Soja e o relatório do USDA
Depois de driblar as expectativas do mercado no pregão desta quarta, o relatório de julho do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) continua derrubando os valores da soja nesta quinta, dia 13. Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros para novembro de 2017 foram cotados a US$ 10,15 pela manhã. Os mercados de milho e trigo acompanharam o movimento e também recuaram.
No relatório, o USDA indicou safra americana acima do esperado pelo mercado e também superior ao número de junho, deflagrando um movimento de realização de lucros. Foi uma surpresa, e as perdas só não foram mais acentuadas devido aos cortes nos estoques americanos e também à contínua preocupação com o clima seco e de temperaturas elevadas projetadas para o Meio-Oeste americano nos próximos dias. A baixa de 4% no milho e de quase 3% no trigo ajudou a pressionar a soja.
O mercado interno de soja apresentou pouca movimentação nas principais praças de comercialização. Após mais de duas semanas registrando ganhos em Chicago, a oleaginosa encerrou no campo negativo, assim como a moeda norte-americana, que fechou com forte desvalorização frente ao real. Sendo assim, os preços domésticos recuaram, travando a comercialização da commodity. RS: cotações de estáveis a mais baixas e poucos negócios.
PR: sem registro de movimentação relevante e cotações mais baixas.
MT: negócios escassos e preços reduzidos.
MS: mercado com cotações mais fracas e sem movimentação relevante.
GO: dia de queda nos preços e mercado bastante lento.
SP: houve queda nas cotações e não foram reportados negócios relevantes.
MG: os preços tiveram queda e não foram registrados negócios relevantes.
SC: oscilação mista nas cotações e sem negócios relevantes.
BA: sem registro de negócios relevantes e cotações em queda.
MA: preços reduzidos e pouca movimentação registrada.
PI: mercado pouco agitado e sem negócios significativos.
TO: dia de poucos negócios e preços recuando.
Confira mais cotações da soja.
O milho flutua
O sul do Mato Grosso do Sul tem ofertas a R$ 19/R$ 19,50, porém sem compradores. Isso em função das baixas nos preços nos portos e no vagão Maringá. Paranaguá indicou R$ 27,50/R$ 28 agosto/setembro, e vagão Maringá, R$ 23,70/R$24 para setembro. Único escoamento de curto prazo é Santa Catarina a R$ 25/R$ 26 CIF mais ICMS. A questão toda continua se resumindo ao fluxo de porto e preços de exportação. Se a Bolsa de Chicago não tiver força para novas altas pelo fator clima e o câmbio não apresentar reação, podemos ter o retorno da pressão de venda de mercado interno.
No Mato Grosso, o dia foi lento diante da dificuldade de as tradings encaixarem preços ao mercado local diante da forte baixa nos preços nos portos. Com leilão do governo nesta quinta, o mercado espera avançar em negócios no dia. Contudo, o fluxo começa a ser mais difícil devido à matemática de porto. Ofertas seguem entre R$ 14/R$ 16,50 em todo o estado.
No Rio Grande do Sul, a oferta está ainda difícil pela falta de liquidação por parte do produtor. Ofertas a R$ 28,50/R$ 29,50 CIF a prazo, com compradores desde R$ 26,50 até R$ 28 a prazo. Ofertas de fora do estado podem começar a fluir melhor com a baixa de preços nos portos. Ideias a R$ 27,50/R$ 28 CIF mais ICMS com compradores a R$ 26.
Em Santa Catarina, produto local segue com ofertas localizadas e em baixo volume, entre R$ 26/R$ 27. Milho tributado com boatos de negócios entre R$ 26/R$ 26,50 para o oeste do estado. Alguns compradores indicam abaixo de R$ 26 para compras de lotes tributados, entre R$ 27/R$ 27,50.
Em São Paulo, o mercado está dividido. Ainda há compradores com necessidades imediatas, mas também há toda a colheita para avançar. A questão agora está na divisão entre os cumprimentos de contratos e o ritmo de colheita. Com Santos cedendo a R$ 28,50, a matemática para o interior do estado vem a R$ 22 para liquidação na exportação. Sem a liquidez de exportação, sobra o mercado interno. Notícias de negócio Boituva a R$ 27 CIF, interior R$ 24/R$ 24,50. Campinas e região nominal nos R$ 27,50/R$ 28 CIF, mas com comprador voltando a retrair devido ao aumento de ofertas para retira a partir da próxima semana. Milho tributado com ofertas a R$ 27/R$ 27,50 com ICMS incluso, porém sem compradores no dia.
Em Goiás, o mercado está paralisado. Ofertas em R$ 19/R$ 20, porém apenas compradores de mercado interno indicaram R$ 18/R$ 18,50, bem localizado no dia. Exportadores estiveram fora de mercado ou indicando R$ 17/R$ 17,50 para agosto/setembro. Nestes níveis, produtores venderam e a comercialização não andou. Sorgo com negócios avançando em R$ 14.50/R$ 15 dependendo da localização. Clima seguirá seco no estado.
Em Minas Gerais, dia de melhor volume de negócios. Notícias de negócios com 1.500 toneladas em Uberaba a R$ 23,50 a prazo, Planura com 3.000 tonenadas a R$ 22,50 e Unaí com 3.600 toneladas a R$ 21,50. Sorgo mantém intenção e compra CIF Uberlândia a R$ 18,50. Colheita ainda é lenta da safrinha local, e compradores seguem absorvendo lotes pontuais. Exportadores também devem reduzir preços devido às condições do mercado internacional e do câmbio.
Veja mais cotações do milho.
Mercado de café mais movimentado
Esta quarta-feira, dia 12, foi mais movimentada no mercado físico de café. Em algumas regiões do cinturão, teve bons negócios. Em outras praças, comprador flertou com ideias de preços abaixo do interesse do vendedor, o que dificultou as negociações. Mas, de um modo geral, as cotações não oscilaram muito no final do dia.
No Sul de Minas, o dia foi mais movimentado, principalmente pela manhã. A Capebe vendeu para Três Corações 4.024 sacas de café novo com 25% de cata a R$ 446. A Cocatrel também vendeu café novo para Três Corações: foram 2.185 sacas com 17% de cata a R$ 450. A Três Corações ainda comprou da Coopercam mais 1.840 sacas com 25% de cata a R$ 442. E a Orlam comprou de produtor 434 sacas de bica com 32% de cata (safra nova) a R$ 435. Já a Minasul vendeu para Stockler dois lotes sendo um com 493 sacas 14/16 e outro com 476 sacas safra nova a R$ 467. No final do dia, as cotações ficaram dentro do patamar do dia anterior. Com ideia para lotes de café fino na faixa de R$ 465 a R$ 470 até R$ 475. Mercado futuro mais devagar, com cotações em torno de R$ 510 a R$ 520 para embarque em setembro de 2018 e na faixa de R$ 535 a R$ 545 para setembro de 2019.
Na Zona da Mata, houve alguns compradores com interesse, mas não chegaram às bases do vendedor, e o mercado ficou mais devagar. O café rio acabou cedendo um pouco diante da forte oscilação entre ideias de compra. O rio com 20% de cata gira em torno de R$ 405 a R$ 410. Já os cafés de bica dura não oscilaram tanto e ficaram na faixa de R$ 440 a R$ 445 com 20% de cata. E uma bica dura com xícara riada entre R$ 425 e R$ 435.
Dia de negócios pontuais no Cerrado mineiro. Vendedor ainda dosando a oferta, na expectativa de preços melhores. Mas por enquanto cotações se mantendo na faixa de R$ 465 a R$ 470 para os lotes finos, e até R$ 475 se for extrafino e com certificado. A base para os cafés de bica dura também permaneceram entre R$ 450 e R$ 465. Assim como o cereja descascado, que segue firme, trabalhando na casa de R$ 495 a R$ 500 até R$ 510 para os lotes mais finos e com certificado. Vendedor com interesse para entrega em setembro de 2018, mas também dosa por conta dos preços mais fracos. Ideia para entrega setembro de 2018 gira em torno de R$ 510 a R$ 530. Para 2019, entre R$ 540 a R$ 560. E para 2020 a ideia gira na faixa de R$ 565 a R$ 585.
No Espírito Santo mercado trabalhando dentro dos patamares do dia anterior, mas pouco ofertado. Ideia para lotes de conilon tipo 7 gira em torno de R$ 400 a R$ 405, e a bica de conilon tipo 7/8, na casa de R$ 395 a R$ 400 livre. Uma observação interessante é do café rio, que segue firme se comparado a outras regiões do Sul de MG e Zona da Mata. A ideia para rio com 20% de cata oscila entre R$ 410 e R$ 415.
O interesse da Indústria para café arábica continua firme, o que vem sustentando preços de café rio em algumas regiões, como Vitória da Conquista na BA e em Colatina no ES. Assim, a ideia para rio gira em torno de R$ 410 a R$ 415. O arábica 600 defeitos SP/MG é indicado em torno de R$ 415 até R$ 430. Já o conilon com uma necessidade do blend a indústria vai cotando a melhor oferta. Por isso, a ideia para 400 def ficou a R$ 420 posto SP e a R$ 415 posto Londrina (PR).
Confira outras cotações do café.
Pressão de baixa no boi
Apesar de alguns ajustes positivos, o cenário predominante ainda é de pressão de baixa para o mercado do boi gordo. O final da safra, que normalmente acontece entre maio e junho, “atrasou” devido ao bom volume de chuvas e a boa situação das pastagens, o que permitiu que o pecuarista conseguisse segurar por mais tempo a boiada na fazenda.
Assim, o que se observa agora é uma maior oferta de animais terminados, consequência da diminuição da capacidade de suporte das pastagens. Em São Paulo, a referência para o macho terminado ficou em R$125,50 por arroba à vista, livre de Funrural. Apesar da estabilidade frente ao último fechamento, a referência está 15,8% menor quando comparada ao início do ano.
No estado, as escalas de abate giram em torno de seis dias. No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados está cotado em R$8,34/kg, estabilidade frente ao último fechamento.
Veja mais cotações do boi.
Condenação de Lula e o dólar
Amplamente pressionado pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o dólar comercial fechou no menor patamar em quase dois meses. A última vez em que a moeda encerrou abaixo dos atuais R$ 3,2080 (-1,41%) foi no dia 8 de maio, quando foi cotada a R$ 3,1970.
Previsão do tempo
Nesta quinta-feira, dia 13, o tempo firme vai predominar em grande parte do país. Áreas do Centro-Oeste vão apresentar queda de umidade do ar. Diferentemente da faixa norte do Brasil, que irá receber chuvas com trovoadas. Confira a previsão para a sua região.
Sul
Uma massa de ar mais seco ganha força sobre a região, e isso garante predomínio de sol, tempo firme e temperaturas em elevação no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e também no Paraná. Os ventos que sopram de norte trazem ar mais aquecido no interior do país, e isso faz com que as temperaturas subam, especialmente no período da tarde. A sensação térmica é de calor em pleno inverno. Além disso, a umidade relativa do ar cai mais no período da tarde em áreas mais próximas à fronteira com a Argentina.
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Sudeste
O tempo abre completamente em São Paulo, Rio de Janeiro e maior parte de Minas Gerais. Há condição para temperaturas baixas entre a Serra da Mantiqueira e o Triângulo Mineiro pela manhã e formação de nevoeiros no interior paulista nas primeiras horas do dia. Ao longo da tarde, ventos que sopram de norte trazem ar mais aquecido para o interior do país, e isso faz com que as temperaturas se elevem mais, gerando até sensação de calor. Por outro lado, a chuva continua em parte do Espírito Santo e leste de Minas Gerais.
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Centro-Oeste
O centro de uma região de alta pressão atmosférica sobre a região inibe a formação de nuvens de chuva e permite maior amplitude térmica em todos os estados e no Distrito Federal. Pela manhã, faz frio especialmente em Goiás. Durante a tarde, faz bastante calor, e a umidade relativa do ar segue baixa, algo que favorece o aumento do número de queimadas.
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Nordeste
A umidade do mar, as áreas de instabilidade em médios e os altos níveis da troposfera seguem deixando a faixa leste do Nordeste com condição para chuva. As pancadas são mais significativas no litoral da Bahia, mas já perdem força. No litoral norte do Maranhão, há condição para eventual chuva fraca e isolada, mas com baixos acumulados e atingindo apenas uma ou outra cidade. O tempo volta a abrir desde a Paraíba até o Ceará. O interior do Nordeste continua quente e seco.
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Norte
A chuva continua concentrada sobre a faixa norte da região, com maiores volumes sobre Roraima e Amapá. Na maior parte da faixa central e sul, no entanto, o tempo seco e quente continua predominando.
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