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Saca de conilon não vai ultrapassar R$ 500, diz analista

Preços altos, motivados pela quebra no Espírito Santo, teriam atingido o teto, de acordo com Marcus Magalhães, da Maros Corretora

Fonte: divulgação

Após renovar a máxima em 2016 e bater mais um recorde, os preços do café conilon caminham para a estabilidade. A saca do grão foi negociada até R$ 430 na última terça-feira, dia 2, maior patamar já registrado pela consultoria Safras & Mercado. Para o analista Marcus Magalhães, da Maros Corretora, a alta foi motivada pela quebra de safra no Espírito Santo, maior estado produtor do grão, mas ele descarta preços próximos a R$ 500.
 
“Esses preços mostram que o mercado validou as projeções feitas até agora, da falta de conilon no mercado. Eu não acredito em uma explosão de preços. O preço já está bem remunerador. É possível afirmar que chegamos ao teto”, diz Magalhães.
 
O mercado físico brasileiro de café teve nesta quarta-feira, dia 3, maior volume de negócios, mas regionalizados, mais ativo em algumas áreas. As cotações estiveram pouco alteradas nas principais praças de comercialização. 

No mercado internacional, a Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações com preços mais baixos. Segundo a Safras & Mercado, as cotações recuaram em meio a um movimento de realização de lucros.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Setembro/16: 140,40 (-0,85 pontos)
Março/17: 146,95 (-0,65 pontos)
 
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Setembro/16: 1853,00 (+2,00 dólares)
Janeiro/17: 1871,00 (+3,00 dólares)
 
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 500-510
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 505-515
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 420-423
 
Soja
 
O mercado brasileiro de soja seguiu com poucos negócios nesta quarta. Os preços apresentaram pequenas alterações, mas ainda continuam pouco atrativos para o agricultor que ainda tem estoque entrar no mercado. A consultoria Safras & Mercado aponta que algumas indústrias de Mato Grosso do Sul e Santa Catarina estão negociando, mas pela necessidade de cumprir prazos. Nas demais regiões, nada relevante.
 
No mercado internacional, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam em alta. Após bater nos menores níveis em quatro meses, o mercado se recuperou tecnicamente. A boa demanda pela soja americana e a indicação de temperaturas elevadas colaboraram para a elevação.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)

Novembro/16: 9,55 (+2,25 centavos)
Janeiro/17: 9,55 (+1,25 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 76,50
Cascavel (PR): 76,00
Rondonópolis (MT): 74,50
Dourados (MS): 72,00
Porto de Paranaguá (PR): 82,00
Porto de Rio Grande (RS): 80,50
 
Milho
 
O mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de ritmo moderado de negócios. Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, o mercado mostrou pouca variação de preço. No exterior, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações com preços mais altos. O cereal foi sustentado pelo indicativo de melhora na demanda para o cereal norte-americano.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 3,25 (+0,75 centavos)
Maio/17: 3,51 (+1,25 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 53,00
Paraná: 41,00-44,00
Campinas (SP): 47,00-48,00
Mato Grosso: 33,00-40,00
Porto de Santos (SP): 35,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00
 
Dólar e Bovespa
 
O dólar encerrou o dia em queda, a moeda norte-americana desvalorizou 0,65%, cotada a R$ 3,238. O índice Bovespa registrou a primeira alta da semana, variação de 1,63%, aos 57.076 pontos.

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