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Safra de café do sul de Minas Gerais pode ter quebra de 50%

Mesmo assim, preços continuam em níveis muito baixos, dizem analistasA safra 2015 de café do sul de Minas Gerais pode sofrer uma quebra próxima 50%, resultado da falta de chuvas na região, o que deve levar a produção a não ultrapassar 35 milhões de sacas.

 No entanto, os preços não estão acompanhando esta perspectiva, permanecendo em níveis baixos, prejudicando os produtores.

– Ultimamente tem chovido, pouco, mas tem chovido. Acontece que o regime hídrico, a somatória de janeiro até dezembro, ficou na faixa de 850 a 900 milímetros de água. Ou seja, choveu 55% da normalidade histórica – disse o presidente da Associação Sindical dos Produtores de Café e Leite, Armando Matielli, em entrevista ao “Mercado e Cia”.

Segundo ele, o café exige 1,2 mil milímetros de água para se desenvolver. Em dezembro, porém, só choveu 150 milímetros. Matielli ressaltou que a situação não está tão complicada quanto à registrada em janeiro do ano passado, quando o nível médio de chuvas foi de apenas 10 milímetros, mas disse que a seca está perdurando, o que fará a produção cair “violentamente”.

– Eu penso que não será menor que 50% [quebra da produção]. O prejuízo na produção vindoura, principalmente na região do arábica, não estou falando do robusta, vai ser acima de 50%, vai ser uma queda drástica. Vai ser uma das maiores quedas da produção de café que já tivemos no Brasil – acrescentou.

Apesar deste cenário, o preço cobrado pelo café permanece em níveis considerados baixos. Por volta das 15h31min, na BM&F, o contrato para março estava cotado em R$ 215 a saca de 60 quilos, alta de 0,12%, enquanto o contrato para setembro avançava 0,64%, a R$ 220,70 a saca.

Para o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, o preço da saca de café está sendo estabelecido com base em especulações de que a safra de 2015 será boa, o que não tem fundamento. Segundo ele, ainda é cedo para praticar preços reais e os cafeicultores estão sendo prejudicados com os valores cotados hoje, considerando o câmbio valorizado e sua influência sobre o preço dos fertilizantes, a inflação em níveis elevados e o aumento do salário mínimo.

A expectativa de Carvalhaes é de que os preços devem subir no meio do ano, quando a colheita se iniciar e os primeiros resultados começarem a surgir. 

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