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Mercado e Cia

Milho: consultor estima safra verão abaixo de 20 milhões de toneladas

Segundo Paulo Molinari, da Safras & Mercado, a situação de abastecimento no primeiro semestre de 2021 passou de difícil para ainda mais complicada

A forte seca no Sul está causando danos gravíssimos às lavouras de milho verão. De acordo com a Safras & Mercado, alguns municípios registram perdas de até 100%. “Em Não-Me-Toque (RS), a cooperativa fala em perdas de 50%, e é uma região onde até choveu mais do que no oeste gaúcho”, diz o consultor Paulo Molinari.

Segundo ele, mesmo que as chuvas retornem nos próximos dias, as lavouras já estão saindo da fase crítica, então dificilmente vão recuperar o potencial.

Com isso, a consultoria deve promover um novo corte na estimativa para a safra de verão 2020/2021 do Centro-Sul. No fim de outubro, a empresa já havia reduzido de 24 milhões de toneladas para 22,8 milhões de toneladas. Agora, Molinari vê esse número “facilmente abaixo de 20 milhões de toneladas”.

“Até janeiro, temos milho no mercado interno. Mas entre janeiro e julho, não escaparemos de importações, seja dos Estados Unidos ou da Argentina, para abastecer determinadas regiões, como Nordeste, Espírito Santo e Sul do Brasil”, diz.

Mato Grosso também deve enfrentar uma situação delicada no primeiro semestre de 2021, pois a produção de milho verão no estado é praticamente inexistente. Além disso, é possível que a segunda safra seja plantada um pouco mais tarde, por causa do atraso no calendário da soja.

“O quadro que já seria difícil, tornou-se ainda mais complicado para o abastecimento brasileiro”, afirma.

Reação no mercado internacional de milho

Os problemas climáticos no Brasil e na Argentina já têm dado sustentação aos contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago, o conhecido “mercado de clima”, que é bastante comum em anos de La Niña.

Com o Brasil fora das exportações, pelo menos para novos negócios, a demanda global aquecida, principalmente da China, mas também da Europa e da Ásia como um todo, concentra-se nos Estados Unidos, o que favorece os preços em Chicago.

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