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Mercado e Cia

Seca afeta produção de milho no Rio Grande do Sul e perdas podem chegar a 30%, prevê Safras

Devido às instabilidades do clima, essa perda na colheita é irreversível, independente das chuvas que ainda podem acontecer, destaca analista

A produção de milho no Rio Grande do Sul será impactada pelos efeitos do clima seco. Nesta semana, a consultoria Safras & Mercado deve divulgar novas estimavas de safra para o estado. Segundo a consultoria, as perdas por conta do clima seco podem afetar até 30% da produção.

“Devido às instabilidades do clima, essa perda na colheita é irreversível, independente das chuvas que ainda podem acontecer. Esse milho que vai ser colhido no final de dezembro ou começo de fevereiro, é um grão que vai perder de 10% a 30% em potencial de produtividade nessa safra de verão 2021”, analisa Molinari.

Para o Rio Grande do Sul, a estimativa da Safras indica uma redução que pode chegar a 2 milhões de toneladas. As perdas também são esperadas para Santa Catarina, onde o corte na safra pode ficar entre 500 mil e 1 milhão de toneladas, segundo o analista.

A consultoria também revisou os números de produção para a região Centro-Sul. “Na medida que os fatores climáticos vêm acontecendo, vamos ajustando os números. A área de verão será 5% menor em relação ao ano passado. Na produção, passando de uma estimativa inicial de 24 milhões de toneladas, para uma projeção entre 22 a 23 milhões. Esses números ainda estão sendo avaliados, considerando as instabilidades do clima”, projeta Molinari.

Com as projeções indicando cada vez um volume menor, o mercado interno continua a sentir a falta do produto, fato que impacto diretamente nos preços. Na avaliação de Molinari, o produtor ainda não encontra alternativas como substituição ao cereal. “No caso do trigo, a colheita ainda não tomou seu ritmo total. A partir novembro, quando começa a entrar a safra gaúcha, será possível saber se a relação de troca pode ser uma alternativa ao milho”, diz.

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