O vazio sanitário em Goiás termina no dia 30 de setembro, mas o plantio da soja na região só deve começar mais tarde. Um dos motivos é a estiagem prolongada no estado, que prejudica o preparo do solo para o início das atividades no campo. Outro motivo é a dificuldade de acesso ao crédito, que impede os produtores de comprar os insumos para esta safra.
Segundo o consultor técnico da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, Cristiano Palavro, no caso da estiagem, o problema é momentâneo. Mesmo com o atraso do plantio, as chuvas ao longo da safra devem ser regulares e vão contribuir para uma boa produtividade, ao contrário do que aconteceu no ano passado. Palavro diz que na última temporada a região mais afetada pela seca foi o Norte do Brasil e espera que o cenário seja positivo dessa vez. “Todas as regiões devem receber chuvas nesta safra”, prevê o consultor da Faeg.
Para os produtores endividados, o cenário é negativo. Aqueles que não conseguiram se regularizar com os bancos estão impossibilitados de acessar o custeio. Na opinião de Palavro, a situação varia de acordo com a região, mas muitos produtores devem ter a safra comprometida devido às dificuldades de acesso ao crédito.