O Comitê Técnico do Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) aprovou nesta terça-feira, 27, R$ 150 milhões para a recuperação de cafezais atingidos pela estiagem. A liberação precisa ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Os recursos são uma suplementação da linha para recuperação de cafezais danificados, destinada às lavouras atingidas por prejuízos climáticas e prevista no Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), conforme nota da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A demanda havia sido encaminhada pela entidade, que integra o CDPC.
“Acreditamos que seja analisada rapidamente, até porque se trata de pauta de grande importância e urgência. Assim entenderam também outras entidades do setor, como a Cecafé, CNC, Abic e Abics, que apoiaram o pleito”, disse no comunicado o presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita.
Conforme a assessora técnica da Comissão, Raquel Miranda, a solicitação da CNA é para que os recursos “sejam utilizados como forma de enfrentamento à seca que está afetando, principalmente, os Estados de Minas Gerais e de São Paulo, principais regiões produtoras de café arábica”. O Comitê também aprovou que o limite de crédito por hectare de lavoura de café seja elevado de R$ 3 mil para R$ 8 mil.
Prejuízos na lavoura
Em Minas Gerais e em São Paulo, produtores relatam que as últimas chuvas que caíram não foram suficiente e a preocupação com efeitos da seca no cafezal ainda persiste.
Em São Pedro da União, no sul de Minas Gerais, o produtor Fernando Barbosa registrou a preocupação com a seca que atingiu o cafezal e secou as folhas na lavoura. Em Alpinópolis, também no estado mineiro, produtores já alertam para os estragos na produção de 2021.