Boa parte da segunda safra de milho foi plantada fora da janela ideal, por conta do atraso no ciclo da soja. Diante disso, do Sul ao Centro-Oeste muitos produtores já esperam por perdas significativas nas lavouras devido à seca.
Em Chapecó (SC), por exemplo, o produtor Félix Junior conta que a produção deve ser menor do que no ano passado. Por lá, apesar de a safrinha ter começado com boa chuva, nos últimos 21 dias a seca tomou conta, aliada ao calor intenso. “Com isso, o milho acabou pendoando sem nenhuma altura, sem a parte vegetativa”, diz.
Em Três Barras do Paraná (PR), o agricultor Paulo da Silva lamenta a estiagem. Segundo ele, em 50 dias, choveu apenas 7 milímetros. Para piorar, ele fez quatro aplicações de defensivos contra a cigarrinha, e não sabe nem o quanto irá colher.
O produtor rural Fred Frandsen, de Palmital (SP), acredita que ainda dá para salvar a lavoura de milho que está sofrendo com a seca, mas para isso a chuva precisa se regularizar e nenhuma geada ocorrer. “Se for assim, podemos ter uma produtividade até igual ou melhor [a da safra passada]”, pontua.
Em Rio Preto (GO), o agricultor Flávio Faedo tem certeza de que a produção será menor do que na safra passada. De acordo com ele, há lavouras em diversas fases, e a maioria sofrendo.