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Mercado e Cia

‘Sem controle sanitário, Brasil pode ser pego de surpresa pela peste suína’

Em estudo, Rabobank apontou aumento na preocupação em relação a doença que já está se espalhando para outros países,  como Coréia do Sul, Filipinas e Timor-Leste

O Rabobank, banco holandês de agronegócio, divulgou um novo relatório em que aponta aumento da preocupação a peste suína africana, já que a doença está se espalhando para outros países, a exemplo da Coréia do Sul, Filipinas e Timor-Leste.

Segundo o Rabobank, a doença também continua se espalhando pela China, Vietnã, Camboja, Laos e Mianmar. Com o surto, o banco alerta que permanece o risco da doença avançar para outros lugares do mundo. Só na China, a escalada da peste pode levar a uma redução de 25% na produção de carne suína do país neste ano e para o Vietnã, agora é esperada uma queda de 20%.

Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria, afirma que o momento pode ser comparado com uma pandemia na Ásia, e com isso, oportunidades de exportações brasileira podem aumentar. “ Com o passar do tempo, a margem de lucro do pecuarista também tende a subir. Claro que custos tão ficaram mais elevado por conta do cenário, mas ainda assim continua positivo”, afirma.

Mas segundo o analista, apesar do bom otimismo em relação ao mercado, a questão sanitária ainda preocupa produtores e analistas.”Nós tememos que essa doença possa chegar, mais tarde, no Brasil. Então o que temos que fazer é aproveitar rapidamente essa oportunidade e melhorar os controles sanitários na fronteira, porque essa doença é medonha, e precisamos de fato nos preocupar com a questão de sanidade’, explica.

Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, comentou que o controle sanitário do Brasil é muito precário e que precisa receber mais investimentos. “O Brasil está vulnerável. É preciso tentar vender produtos agora, mas temos que ter noção do risco e ter controle, porque se não, podemos ser pegos de surpresa pela doença’, alerta Daoud.

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