A volta do feriado nos Estados Unidos ficou marcada pela forte queda dos grãos na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) nesta terça-feira, dia 5. A soja liderou as perdas, caindo 5% no dia, ou seja, queda de mais de US$ 0,50 de perdas em todos os contratos. A melhora do clima na principal região produtora de grãos dos EUA, aliada ao receio dos investidores com economia mundial, resultou nessa baixa.
Para o consultor de mercado Flávio França Junior, com a comercialização tão avançada, não é preciso correr para fechar novas vendas. Ele recomenda que o produtor avalie a cotação em Chicago e o valor do dólar antes de fechar negócios. A queda no mercado futuro internacional paralisou, mais uma vez, as negociações no mercado brasileiro. O produtor fixou a meta de R$ 100 pela saca.
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 11,17 (-51,75 centavos)
Agosto/16: 11,10 (-54,25 centavos)
Setembro: 10,91 (-57,25 centavos)
Novembro/16: 10,77 (-60,25 centavos)
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 85,00
Cascavel (PR): 85,00
Rondonópolis (MT): 82,00
Dourados (MS): 80,00
Porto de Paranaguá (PR): 91,00
Porto de Rio Grande (RS): 89,50
Milho
O mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de preços fracos, com a pressão vindo da evolução da colheita da segunda safra e com as quedas do grão na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), aponta a consultoria Safras & Mercado. Com a evolução da colheita, os compradores vão encontrando o abastecimento necessário e, naturalmente, as cotações cedem. O mercado climático também influenciou as cotações do cereal na Bolsa de Chicago.
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 3,44 (-9,00 centavos)
Março/17: 3,67 (-8,50 centavos)
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 50,00-53,00
Paraná: 37,00-39,00
Campinas (SP): 42,00
Mato Grosso: 27,00-30,00
Porto de Santos (SP): 35,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00
Café
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da terça com preços mais baixos. Depois de três dias sem pregão, já que o final de semana foi seguido pelo feriado do Dia da Independência nesta segunda-feira, o mercado reabriu com volatilidade. A alta do dólar contra o real no Brasil e outras moedas, as perdas no petróleo e em mercados acionários – ou seja, o cenário macroeconômico – contribuíram para esta movimentação.
Café em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 144,20 (-0,65 pontos)
Dezembro/16: 148,40 (-0,75 pontos)
Dólar e Bovespa
O dólar voltou a subir na sessão de hoje diante do terceiro dia seguido de atuação do Banco Central no mercado de câmbio e, também, da valorização da moeda norte-americana frente outras moedas mundiais. O dólar terminou o dia cotado a R$ 3,302, valorização de 1,11%. No mês, o dólar acumula alta de 2,87%.
Após cinco pregões de alta, a bolsa de valores brasileira encerrou o dia em baixa, puxada pela queda das ações da Petrobras e dos bancos. O índice Bovespa fechou em queda de 1,38%, aos 51.842 pontos.
Soja despenca 5% em Chicago em função do clima
Queda de mais de 50 centavos de dólar em todos os contratos inviabilizou novas negociações do grão no mercado brasileiro