Os preços da soja voltaram a subir nesta quinta-feira, dia 18, nas principais praças do país, acompanhando a firmeza do dólar e a recuperação dos contratos futuros em Chicago. Houve negócios, mas em ritmo mais lento do que o da quarta, dia 17, de acordo com a consultoria Safras & Mercado.
Para o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, as exportações aceleradas de soja promoveram uma janela de alta para os preços do grão no mercado interno de pronta entrega, tanto em portos quanto nas praças de comercialização. Cerca de 80% dos embarques programados para este ano já foram realizados. Nesta quinta, houve negociação no porto de Paranaguá por até R$ 85,50 a saca.
“Vamos entrar na safra com estoque praticamente zerado. Em 30 anos eu nunca tinha visto nada parecido. Isso vai valorizar o grão que está sobrando. Nós acreditamos que só tem uns 10% da soja na mão dos produtores”, explica Brandalizze.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mistos. A demanda pelo grão dos Estados Unidos garantiu o cenário de quase estabilidade.
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 10,14 (-1,50 centavos)
Março/17: 10,07 (+1,50 centavos)
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 79,50
Cascavel (PR): 79,50
Rondonópolis (MT): 78,00
Dourados (MS): 75,00
Porto de Paranaguá (PR): 84,50
Porto de Rio Grande (RS): 82,50
Milho
O mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de poucos negócios. A Safras & Mercado alerta que houve uma drástica queda da fixação no decorrer do dia. “Os produtores alteram sua estratégia em uma clara tentativa de forçar a alta dos preços internos. Compradores se deparam com estoques reduzidos, o que pode aumentar a demanda no decorrer da próxima semana”, comentou o analista Fernando Iglesias.
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações com preços mais altos. O mercado foi sustentado pelo bom desempenho das vendas líquidas norte-americanas e por novos negócios envolvendo exportadores privados. Os preços chegaram a ser pressionados pela perspectiva de ocorrência de chuvas no cinturão produtor dos EUA nas próximas duas semanas. As precipitações devem trazer uma boa situação de umidade para as lavouras, garantido um desenvolvimento para o cereal.
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 3,32 (+1,75 centavos)
Maio/17: 3,58 (+2,75 centavos)
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 51,00
Paraná: 40,00
Campinas (SP): 46,50
Mato Grosso: 32,50
Porto de Santos (SP): 43,50
Porto de Paranaguá (PR): 42,50
Café
O mercado físico brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços firmes. O mercado foi sustentado pelos ganhos do arábica em Nova York e do robusta em Londres. Entretanto, seguiu o ritmo lento na comercialização, com negócios apenas pontuais.
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Setembro/16: 138,15 (+3,10 pontos)
Março/17: 144,55 (+3,25 pontos)
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Setembro/16: 1789,00 (+36,00 dólares)
Novembro/16: 1823,00 (+38,00 dólares)
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa: Sul de MG: 485-495
Arábica/bebida boa: Cerrado de MG: 490-500
Arábica/rio tipo 7: Zona da Mata de MG: 405-410
Conilon/tipo 7: Vitória (ES): 420-425
Dólar e Bovespa
O dólar encerrou o dia na sexta alta seguida, com valorização de 1,02%, cotado a R$ 3,238. O índice Bovespa caiu 0,27%, aos 59.166 pontos