Os preços da soja fecharam com rumos indefinidos no Brasil, em dia de boa movimentação. Em algumas praças, as cotações sentiram o peso da queda de Chicago, mas a alta do dólar sustentou os referenciais em outras regiões. Houve registro de negócios envolvendo cerca de 50 mil toneladas no Rio Grande, mas o feriado prejudicou um pouco a comercialização.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. A perspectiva favorável ao plantio nos Estados Unidos e um movimento de correção técnica, com os operadores posicionando suas carteiras na última sessão do mês, determinaram a reversão.
O mercado iniciou a sessão em alta, ainda sustentando os ganhos da sexta, provocados pelo bom desempenho do farelo. Agentes trabalham com aquecimento da demanda pelo subproduto dos Estados Unidos.
Ao longo do dia, os ganhos não se sustentaram. O clima favorece o plantio da soja nos Estados Unidos. Há alguns boletins que apontam clima úmido, que neste momento seria mais prejudicial aos trabalhos do milho, que estão atrasados.
Um possível atraso mais consistente na semeadura do cereal poderia resultar em transferência de área para a soja, o que ajudou a pressionar ainda mais as cotações futuras da oleaginosa.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 679.379 toneladas na semana encerrada no dia 26 de abril, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 472.335 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 554.458 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 43.503.705 toneladas, contra 49.499.137 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
O USDA anunciou ainda a venda de 120 mil toneladas de soja em grão dos Estados Unidos para a Argentina por parte dos exportadores privados. A entrega está programada para a temporada 2018/19.