A soja atingiu o melhor preço da história no Porto de Paranaguá, de acordo com o levantamento da consultoria Safras & Mercado. A saca de 60 kg encerrou o dia valendo R$ 89. O milho com referência no Rio Grande do Sul (entre R$ 59 e R$ 60,50 a saca de 60 kg) e no Paraná (entre R$ 58 e R$ 61a saca) também atingiram patamares recordes.
O que impediu um preço ainda maior foi o pregão em Chicago nesta quarta, dia 18. A alta do dólar pressionou para que os contratos mais recentes terminassem o dia em queda. O contrato para o bushel do grão (o equivalente a 27,21 kg) com vencimento em julho caiu para US$ 10,75 (recuo de 5,25 centavos de dólar); o valor para setembro ficou em US$ 10,66/bushel (-7,75 centavos); o contrato para novembro fechou em 10,57/bushel (- 9,75 centavos).
O milho não acompanhou e encerrou o dia em alta na Bolsa de Chicago nos contratos. O motivo é a demanda dos Estados Unidos pelo cereal. O contrato do bushel de milho (equivalente a 25,4 kg) para julho ficou a US$ 3,99 (+ 2,50 centavos de dólar); já a entrega para dezembro fechou a US$ 4,06/bushel (+2,25 centavos); o contrato para março de 2017 está em US$ 4,13/bushel (+1,75).
Café
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) fechou operações para o café arábica em baixa de mais de 200 pontos para todos os contratos. O mercado deu sequência às perdas da terça-feira, dia 17, recuando diante da valorização do dólar contra o real, fator que tira competitividade das exportações brasileiras.
Os contratos com entrega em julho/2016 fecharam o dia a 130,10 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 260 pontos. O contrato de setembro fechou a 132,05 centavos de dólar, com baixa de 255 pontos.
Dólar e Ibovespa
A alta de 2% no dólar comercial, agora cotado a R$ 3,559, contribuiu para a queda das cotações das principais commodities do agronegócio, tanto na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) quanto na de Nova York (Ice Futures US). A única exceção foi o milho. Já o índice Bovespa (Ibovespa) registrou queda de 0,55%.
O que motivou este cenário foi a informação de que o Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, deixou aberta a possibilidade da elevação de juros no país a partir de junho. Segundo o Fed, qualquer decisão dependerá da evolução dos dados econômicos. A taxa de juros norte-americana segue entre 0,25% e 0,5% ao ano.