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Mercado e Cia

Soja e milho: tendência de alta em Chicago não acabou, afirma analista

Aaron Edwards comenta que superado o problema logístico no rio Mississippi, o mercado volta a trabalhar com cenário de estoques apertados e de olho no clima

Os contratos futuros da soja e do milho negociados na Bolsa de Chicago se recuperam nesta sexta-feira, 14, após forte queda na quinta-feira, 13. O mercado refletiu no pregão anterior a interrupção no tráfego no rio Mississippi após autoridades encontrarem uma rachadura em uma das pontes. Nesta sexta-feira, após inspeção, a Guarda Costeira liberou a passagem.

Segundo o analista de mercado Aaron Edwards, da Roach Ag. Marketing, na Flórida, agora o mercado de grãos deve retornar aos aspectos fundamentais que são: clima nos Estados Unidos e estoques apertados. Dessa forma, para ele, as cotações da soja e do milho podem ter novas altas pela frente.

“O mercado não pode subir sempre. Estava na hora de uma correção, e teve essa notícia que assustou e por isso a correção grande. Mas não quer dizer que acabou a tendência de alta”, comenta.

Edwards lembra também que apesar de o tráfego ter sido liberado sob a ponte Hernando de Soto, ele pode voltar a ser interditado para reparo nas próximas semanas. De acordo com o analista, a rota não é a única forma de escoamento dos Estados Unidos, mas é a principal.

O analista afirma que o plantio da soja e do milho nos Estados Unidos está indo muito bem, em ritmo superior à média histórica. Quanto ao clima, ele afirma que está um pouco mais seco no oeste e norte do cinturão agrícolas. “É um sinalzinho de alerta, mas é muito cedo para falar em prejuízo. Vamos ver se isso vai se intensificar ou se a chuva vai chegar”, pontua.

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