A colheita da segunda safra de milho no Paraná ainda não terminou no norte e noroeste do Paraná, segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Paraná (Aprosoja PR), Márcio Bonesi. Os agricultores correm contra o tempo para conseguir acabar os trabalhos da safrinha e preparar a terra, para que a temporada 2020/2021 da soja seja plantada na janela ideal.
A falta de chuvas no ano passado provocou atrasos no ciclo 2019/2020 da soja, gerando um efeito em cascata. Para piorar, o estado registrou precipitações bastante volumosas nos últimos dias, o que retardou a colheita do milho. “Na região norte, ainda tivemos ventos e chuva de pedra, que deitaram esse milho”, comenta. “A colheita do milho vai chegar bem perto da janela ideal da soja”, diz.
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Porém, ao menos depois desse aguaceiro, não falta água disponível no solo. De acordo com Desirée Brandt, meteorologista da Somar, os índices variam de 90% a 100% em algumas localidades.
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Além disso, o tempo firme deve predominar até por volta do dia 10 de setembro, quando acaba o vazio sanitário no Paraná. Os mapas meteorológicos mostram que apesar de o estado receber algumas pancadas perto desta data, as chuvas mais significativas só chegarão aos principais municípios produtores da oleaginosa na última semana de setembro.
“A Desirée trouxe excelentes notícias de chuva do dia 20 em diante, mais ou menos. Então poderemos iniciar o plantio e a chuva virá em seguida para nos agraciar”, comemora o presidente da Aprosoja Paraná.
Perspectivas
Bonesi afirma que o estado deve registrar um pequeno aumento na área plantada com soja na safra 2020/2021. Mas aproveitando o bom momento de preços, segundo ele, muitos produtores estão aproveitando para investir em fertilizantes e correção de solo. “Provavelmente, se não tiver fatores climáticos contrários, teremos um aumento de produtividade”, diz.
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