Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nesta segunda-feira, dia 9, no mercado brasileiro. O preço da saca no porto de Santos (SP) encostou no registrado em Paranaguá (PR), que segue a R$ 87, enquanto houve avanços também no Centro-Oeste – em Dourados (MS), por exemplo, a cotação da saca passou de R$ 71,50 para R$ 74, mesmo valor alcançado em Rondonópolis (MT).
A alta combinada de Chicago e do dólar garantiu a sustentação. Os prêmios, no entanto, recuaram, o que segurou uma movimentação ainda melhor.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, houve negócios, mas em volumes moderados. Como os produtores negociaram bastante na semana passada, o momento não é de pressa. Rumores dão conta de negócios envolvendo 50 mil toneladas no Paraná, 100 mil no Rio Grande do Sul, 30 mil em Goiás e outras 30 mil toneladas em Minas Gerais.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais altos. Houve ganhos no dia superiores a US$ 0,12 por bushel nas posições maio e julho. O mercado se recuperou das perdas da semana passada, com os agentes demonstrando menor preocupação com a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
De acordo com avaliação da consultoria Safras & Mercado, apesar da tensão ainda estar elevada e novas discussões terem ocorrido entre os dois governos no final de semana, o mercado não acredita que a adoção da sobretaxa de 25% sobre a soja americana seja adotada imediatamente. Com isso, as vendas americanas para os chineses continuariam em bom ritmo.
O desempenho de outros mercados também agradou nesta segunda. O petróleo registrava valorização de mais de 2% no fechamento de Chicago e o dólar recua frente a outras moedas.
USDA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá elevar a sua estimativa para os estoques finais americanos de soja em 2017/2018. O relatório de abril será divulgado nesta terça-feira, dia 10.
O mercado projeta estoques de 570 milhões de bushels. Em março, o USDA indicou estoques em 555 milhões de bushels. Na temporada anterior, os estoques ficaram em 302 milhões de bushels.
Para os estoques mundiais, a previsão para 2017/2018 deve ser cortada de 94,4 milhões de toneladas para 92,9 milhões de toneladas. As atenções deverão se voltar, no entanto, para as projeções de safra da América do Sul.
Devido à prolongada estiagem, a Argentina deverá ter sua projeção cortada de 47 milhões para 42 milhões de toneladas. Já para a safra brasileira, o USDA deverá revisar sua projeção para cima, passando de 113 milhões para 115,6 milhões de toneladas.