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Soja: setembro pode trazer repique de preços

Consultor de mercado lembra, no entanto, que melhor momento dos preços do grão foi em junho

Fonte: Divulgação/Pixabay

O produtor de soja que busca uma nova oportunidade de negócio para vender o restante da safra 2015/2016 pode encontrar um momento de alta nos preços nos próximos 40 dias. Essa é a avaliação do consultor de mercado Beto Xavier, da BetoAgro Corretora. Ele lembra que o preço do grão em Guarapuava, centro-sul do Paraná, caiu R$ 14,50 – de R$ 93,50 para R$ 79,00 – em apenas um mês, entre junho e julho. Segundo Xavier, setembro reserva um repique nos preços, mas longe dos patamares encontrados há dois meses.
 
“Muito produtor ficou esperando o R$ 100 pela saca e não negociou, perdendo um bom momento de vendas. Mas, para quem precisa negociar, nos próximos 40 dias pode surgir uma oportunidade”, informa.
 
O mercado brasileiro de soja não apresentou novidades nesta sexta, dia 5, encerrando uma semana de preços sob pressão e raros negócios, indica a Safras & Mercado. A quarta queda consecutiva do dólar manteve o desânimo dos produtores. Os escassos negócios são pontuais e envolvem volumes pouco relevantes.
 
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira em alta. A forte demanda pela soja americana garantiu a terceira sessão consecutiva de ganhos, reduzindo as perdas semanais para cerca de 3%. O mercado segue pressionado pelo mercado de clima nos Estados Unidos.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 9,74 (+14,50 centavos)
Janeiro/17: 9,74 (+17,50 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 75,00
Cascavel (PR): 75,00
Rondonópolis (MT): 75,00
Dourados (MS): 72,00
Porto de Paranaguá (PR): 81,00
Porto de Rio Grande (RS): 79,00
 
Milho
 
O mercado brasileiro de milho teve uma sexta-feira com lentidão nos negócios. Ou seja, preços estáveis nas principais praças. No mercado internacional, o cereal fechou as operações de hoje com preços mais altos. Beto Xavier, da BetoAgro Corretora, acredita que dezembro deve oferecer preços pela saca de milho a partir de R$ 50 no Paraná. Ele recomenda ao produtor que busca bons preços aguardar essa janela.
 
O milho buscou suporte na boa demanda registrada pelo cereal norte-americano ao longo da semana, acompanhando o bom desempenho da soja e do trigo. Preocupações em torno do retorno ao calor no cinturão produtor nos próximos dias também garantiram a alta.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 3,24 (+3,50 centavos)
Maio/17: 3,51 (+3,00 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 53,00-55,00
Paraná: 42,00-43,00
Campinas (SP): 47,00
Mato Grosso: 33,00-35,00
Porto de Santos (SP): 35,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00
 
Café
 
O mercado físico brasileiro de café teve uma sexta-feira de cotações estáveis. A leve alta do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York foi mais que compensada pela baixa do dólar, e isso não estimulou alterações nos preço de referência, aponta Safras & Mercado.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Setembro/16: 142,10 (+1,70 pontos)
Março/17: 148,80 (+1,85 pontos)
 
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Setembro/16: 1817,00 (-10,00 dólares)
Janeiro/17: 1846,00 (-6,00 dólares)
 
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 500-510
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 505-515
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 420-423
 
Dólar e Bovespa
 
O dólar caiu pelo quarto dia seguido no país: a moeda norte-americana terminou o pregão cotada a R$ 3,169, queda de 0,75%, o menor patamar desde 16 de julho de 2015. Na semana, a desvalorização chega a 2,28%. A bolsa de valores do Brasil encerrou pela oitava semana seguida em alta. É a melhor sequência desde 2009, há sete anos. O índice Bovespa encerrou o dia subindo 0,12%, aos 57.661 pontos. A valorização nesta semana foi de 0,62%.

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