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Mercado e Cia

‘Suinocultor precisa tomar cuidado ao investir visando o mercado chinês’

Apesar da peste suína africana ter diminuído drasticamente a produção na China, o país está se movimentando para suprir a demanda

A China produziu cerca de 54 milhões de toneladas de carne suína em 2018. Com o surto de peste suína africana, que atinge países da Ásia e do leste da Europa, os chineses devem produzir 24 milhões de toneladas a menos.

Suinocultores brasileiros esperam que a crise no país asiático alavanque as exportações nacionais, mas, até o momento, apenas mais um frigorífico foi habilitado para embarcar.

Representantes do Ministério da Agricultura, Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) participaram de debate sobre a situação, nesta terça-feira, 29, na Câmara Setorial de Aves e Suínos, em Brasília.

De acordo com o comentarista Glauber Silveira, que acompanhou a reunião, a China está tentando mudar seu modelo de produção, saindo da produção familiar para a industrial. “Para isso, terão que mudar toda a legislação, e leva uns anos”, diz.

Mesmo que o cenário pareça positivo para as exportações brasileiras, Silveira ressalta que o produtor precisa tomar cuidado na hora de investir pensando no mercado chinês, pois pode sofrer um revés caso a China encontre alternativas à carne suína. “Eles liberaram a produção de peixe em tanque-rede, estão investindo na tilápia e em outras duas espécies asiáticas”, diz.

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