O preço pago pelo quilo do suíno subiu duas vezes em menos de uma semana na região de Concórdia, em Santa Catarina. A maior proura pela carne no fim do ano foi um dos principais motivos desta alta. De acordo com o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Luiz de Lorenzi, os valores já estão sendo praticados a R$3,20 para os cooperados.
A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) aponta as exportações da carne como outro componente para a alta nos preços. O diretor executivo da entidade, Nilo de Sá, explica que o país bateu recorde nas vendas e atingiu o patamar de 700 mil toneladas. Já em relação ao mercado interno, ele cita que o consumidor optou pela carne de porco, já que a bovina estava com preços mais altos. “Apesar da crise, mercado interno está buscando mais o suíno para compor a sua ceia natalina. Esse fator, aliado às exportações, que normalmente são maiores no segundo semestre, criaram um cenário favorável ao produtor.”
A expectativa é de que essa alta seja suficiente para equilibrar, ou até mesmo cobrir os custos de produção do suinocultor. “O produtor pode não ter uma lucratividade considerável, mas pelo menos ele não está perdendo dinheiro como no primeiro semestre, quando dos preços do milho foram recordes”, disse Nilo.