A chamada “taxa do agro”, que foi aprovada na quarta-feira (23) pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), irá além de pesar no bolso dos agricultores e pecuaristas locais. Uma vez aprovada pelo governador goiano, Ronaldo Caiado (União Brasil), ela afetará o consumidor final. Ao menos é o que avalia o presidente do Sindicato Rural de Rio Verde (GO), Olávio Teles Fonseca.
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Em entrevista ao Canal Rural, o dirigente sindical afirmou que a nova tributação diminuirá de 10% a 12% a renda líquida dos produtores do estado do Centro-Oeste. “Será um impacto enorme”, lamentou Olávio ao responder a um questionamento da jornalista Pryscilla Paiva, âncora do telejornal ‘Mercado & Companhia’. Com a margem dos agricultores diminuindo, custos terão de ser repassados para a “sociedade como um todo”, observou.
Nesse sentido, ele aposta que, apesar de o poder Executivo afirmar que a “taxa do agro” não será inserida em itens que compõem a cesta básica, todos os produtos do agro serão de alguma forma impactados. “O óleo de cozinha é derivado da soja, o arroz, o feijão… isso tudo será taxado”, comentou Olávio. “Vai afetar muito [o consumidor final]”, prosseguiu.
Sindicato seguirá na “luta” contra a “taxa do agro”
Na entrevista ao Canal Rural, Olávio Teles Fonseca afirmou que o Sindicato Rural de Rio Verde (GO) seguirá atuante contra a implementação da “taxa do agro”. Para isso, ele afirma que o jurídico da entidade já foi consultado para adotar medidas contra a criação da tributação. De acordo com ele, a “luta continua” contra o projeto defendido por Caiado — que foi reeleito governador de Goiás no primeiro turno das eleições deste ano.
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