O comitê de política monetária do Banco Central vai se reunir nesta quarta-feira, 22, para decidir sobre o novo patamar da Selic, a Taxa Básica de Juros, que atualmente está em 5,25% ao ano. Economistas apontam para uma Selic a 6,25% para 2021, e até 9% no começo de ano que vem.
“O Banco Central vem adotando a elevação da Selic em 100 pontos por conta da pressão dos preços ao consumidor. Outro fator que a gente vem assistindo [e que contribui] é a elevação na tarifa de energia elétrica residencial por conta da crise hídrica. E essa questão climática também está prejudicando o preço de alimentação em domicílio, porque tem muitas culturas que foram prejudicadas, como a de grãos e que também acabou batendo no preço das proteínas”, explica a economista Camila Abdelmalack.
Já para Fabrício Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, o Banco Central pode surpreender o mercado. “Podemos ver surpreendidos por uma alta, de 1,25% passando para 6,5% ao ano. Isso porque, muito embasada essa tomada de decisão visto que a pressão inflacionaria não tende a reduzir no curto prazo, as commodities com preços cada vez maior, principalmente o petróleo”, explica ele.