Uma massa de ar frio avança no decorrer dos próximos dias, o que vai derrubar as temperaturas. “Mas eu já adianto que não vai ser nada comparável àquela grande onda de frio que tivemos em maio”, afirma a meteorologista Desirée Brandt, da Climatempo. De todo modo, há potencial para formação de geada em algumas regiões produtoras, principalmente na região Sul.
Deve esfriar também em áreas do Sudeste, do Centro-Oeste e até mesmo em áreas do Norte, como Rondônia e Acre. Mas sem riscos de ocorrência de geada nessas regiões.
A geada deve acontecer especialmente no Sul e em alguns pontos do sul de São Paulo e do sul de Mato Grosso do Sul. Vai haver temperatura negativa (mínima de -1 °C) no alto da serra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, e abaixo de 3 °C em todo o território gaúcho até a metade sul paranaense. E é nessas áreas que deve gear.
As chances de geada são maiores no fim de semana, porque, antes disso, ainda há chuva no Paraná, e depois se forma um ciclone extratropical na altura da costa do Sul no fim de semana, conta Desirée Brandt. “Esse ciclone vai ajudar a empurrar o ar frio pela região Sul. Por isso que é especialmente no fim de semana que vai esfriar muito e há risco de geadas”.
Geada no PR e em MS
Em Cascavel (PR), por exemplo, isso pode ocorrer no sábado (11) e no domingo (12) , quando a mínima vai ficar em torno de 2 °C ao amanhecer. Em Mato Grosso do Sul, também há possibilidade de gear no domingo no município de Amambai, por exemplo, quando a previsão é de tempo mais aberto e seco, com temperatura mínima de 3 °C. Na segunda-feira (13), o frio já diminui ali, eliminando o risco de geada. Em Dourados (MS), por sua vez, a chance é bem menor, com mínimas na casa de 5 °C no domingo e na segunda.
No sul de Minas Gerais, região produtora de café arábica, onde a temperatura também deve cair no começo da semana que vem, é baixíssimo o risco de haver geada.
Chuva
A chuva ainda ocorre no Sul até o fim de semana. Além disso, há uma frente fria na altura do Sudeste. Isso vai ajudar a criar um corredor de umidade desde a costa de São Paulo até a região Norte.
O que chama a atenção, de acordo com a meteorologista Desirée Brandt, são as pancadas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que devem ter acumulados de até 50 mm em algumas localidades. “A parte boa é que essa chuva vai diminuir o número de queimadas, particularmente na região do Pantanal. Mas ela também pode prejudicar a fibra do algodão em Mato Grosso”, diz.