O tempo seco deve colaborar para a colheita no interior do Brasil nos próximos dias e muitos produtores já estão de olho na umidade do plantio em setembro na safra 21/22. Os meteorologistas já adiantam que a chuva deve ficar abaixo da média no mês que vem com pancadas bem irregulares.
De acordo com a Somar Meteorologia, nas próximas 24 horas, a umidade vinda do Oceano mantém o céu nublado com chuviscos no litoral de São Paulo e chuva entre o norte do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Continua chovendo na costa leste do Nordeste, com destaque para maiores acumulados no Sergipe, Alagoas e Pernambuco e entre o Ceará e o Maranhão. Destaque para temperaturas muito altas em Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Mato Grosso do Sul e baixíssimos valores de umidade relativa do ar. Geadas ainda podem ocorrer nas serras e planalto sulistas. Trovoadas e chuva forte somente no extremo norte do Brasil.
A chuva aumenta nesta quinta-feira, 5, no litoral sul da Bahia e os ventos sopram com rajadas moderadas na região. A chuva continua também nos demais municípios do leste do nordeste. Quanto ao litoral de São Paulo, a chuva diminui mas o céu ainda fica nublado, inclusive na Capital. aumento de nebulosidade também no oeste de Mato Grosso do Sul e do Paraná e chuva no norte do Brasil, entre o Ceará e oeste do Amazonas. Tempo firme nas demais áreas com tardes muito quentes e secas no Centro-Oeste.
A meteorologia não indica mudanças no tempo nos próximos dias, a umidade relativa do ar fica baixa no interior em grande parte do Brasil, fator favorável ao aumento de queimadas. A chuva aumenta na Bahia a partir de sexta-feira, 6, e a temperatura sobe em São Paulo e Rio de Janeiro no final da semana. Previsão para a próxima semana é de uma onda de calor no Centro-Oeste, com temperaturas acima de 40°C.
Queimadas
Atenção é máxima. Longa estiagem, três ondas de frio e agora baixíssima umidade relativa do ar e temperaturas em elevação provocam estresse na vegetação e o fica extremamente propício para o aumento de focos de queimadas nos próximos dias.
Em 2021, o cerrado brasileiro assume o topo na ordem de número de focos por biomas brasileiros. Já são quase 17000 focos pelo satélite de referência do INPE, 43,1% das queimadas que acontecem no Brasil atingem o Cerrado, esse valor representa um aumento de 17% em relação a 2020. O segundo bioma mais devastado pelas queimadas é a Floresta Amazônica, com 30,4% dos focos de queimadas, um total de 11.862 focos de acordo com o satélite de referência do INPE.
“Pouco comentado mas não pouco devastado, a Floresta Atlântica assume a terceira posição de biomas mais devastados, com 16,9% dos focos, um total de 6.600 focos (satélite de referência), aumento de 16% se comparado com 2020”, diz Celso Oliveira da Somar.
Apesar dos números serem menores, a Caatinga Brasileira teve um aumento de 164% em relação ao ano passado. Neste ano já são 2130 focos contra 805 de 2020, mais que o dobro no mesmo período. Pantanal já tem mais de 800 focos de queimadas neste ano, mas é o menor valor de focos entre 01 de junho e 02 de agosto dos últimos 3 anos.