A meteorologia registra temporais e queda de granizo em Juína (MT), Gurupi (TO) e Palmas. A primavera tem maior incidência de granizo porque é o momento em que a atmosfera passa por uma transição e ainda apresenta temperaturas mais baixas, por conta do inverno.
“Essas pancadas de chuva com granizo devem-se à alta umidade do ar, à circulação dos ventos em altitude e mais uma área de baixa pressão atmosférica entre o Centro-Oeste e a região Norte”, explica o meteorologista Celso Oliveira, do Somar. Segundo ele, granizo no Tocantins é raro, mas não impossível. Geralmente há granizo, mas que derrete no meio do caminho, entre a base da nuvem e o chão. Nesse caso, a instabilidade foi mais forte e não houve tempo do derretimento das pedras de gelo durante a queda do mesmo. A expectativa é que o granizo continue na metade norte do Brasil.
A chuva deve retornar no final de semana no Sudeste e Centro-Oeste, além do Paraná. Acumulados bem elevados estão previstos entre Mato Grosso, Rondônia e leste do Acre na segunda-feira (27), que passam dos 100 milímetros. Permitindo o aumento da umidade do solo e a instalação rápida da soja — instalação precoce, se comparada ao ano passado. Ao longo da semana que vem e nos primeiros dias de outubro, a chuva ficará concentrada no Sul do país, com previsão de temporais.
Já nas primeiras semanas de outubro, a chuva se espalha e aumenta pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, como no norte do Paraná. E, nesse período, a chuva no sul de Minas Gerais vai favorecer a florada do café. A precipitação vai começar a ficar regular e ganhando intensidade. Não há expectativa de precipitação cortar ao longo do mês de outubro pelo Sudeste e Centro-Oeste, ou seja, não há risco de abortar a flor do café e sem risco de replantio no Centro-Oeste. Na região do Matopiba, a chuva ganha intensidade no meio de outubro.