Terceira queda do dólar afasta soja de R$ 100 a saca

Desânimo com a alta dos juros nos Estados Unidos em junho desacelerou a valorização das commodities agrícolas no Brasil

Fonte: Divulgação / Pixabay

Em mais um dia influenciado pelo dólar, as commodities agrícolas encerraram perto da estabilidade nesta terça, dia 7. Embora todos os grãos tenham subido no exterior, a queda da moeda norte-americana novamente conteve a valorização aqui no Brasil, e os R$ 100 à vista pela saca de soja ficaram mais longe.

Segundo a consultoria Safras & Mercado, os preços da soja oscilaram pouco nas principais praças de comercialização do país. A terceira queda consecutiva do dólar frente ao real pesou sobre as cotações e travou a movimentação. No mercado internacional, os contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam o dia com preços mais altos. Em sessão volátil, o aperto na oferta na América do Sul e a demanda pelo produto americano se sobressaíram e garantiram as altas.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 11,41 (+3,00 centavos)
Novembro/16: 11,16 (+11,00 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 89,00
Cascavel (PR): 89,00
Rondonópolis (MT): 89,00
Dourados (MS): 85,00
Porto de Paranaguá (PR): 94,00
Porto de Rio Grande (RS): 94,00
 
Milho

O mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de moderada movimentação, com estabilidade nas cotações. Houve pressão em algumas localidades com a evolução da colheita, mas há preocupações com geadas, o que determina suporte também para os preços, na avaliação da Safras & Mercado. Em Chicago, mais um dia de alta.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 4,27 (+0,50 centavos)
Março/17: 4,38 (+3,00 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 62,00
Paraná: 58,00
Campinas-SP: 56,00
Mato Grosso: 38,00
Porto de Santos-SP: 40,00
Porto de Paranaguá-PR: 38,00
 
Trigo
 
O mercado internacional para o trigo encerrou o dia com preços mais altos. No pregão de segunda-feira, dia 6, Chicago atingiu o melhor patamar desde 21 de abril, buscando suporte nas fortes chuvas registradas no oeste da Europa. Os sinais de atraso na colheita de inverno dos Estados Unidos e a piora nas condições das lavouras também sustentaram os preços hoje.
 
Trigo na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 5,09 (+ 1,50centavos)
Dezembro/16: 5,38 (+2,50 centavos)
 
Café
 
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços mais altos, fechando a sexta sessão seguida de ganhos. A preocupação com geadas em algumas áreas, como no Paraná, o que afetaria a safra futura brasileira, foi aspecto de sustentação nos preços.
 
Café em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 132,20 (+0,50 pontos)
Dezembro/16: 136,80 (+0,65 pontos)
 
Dólar e Bovespa
 
Desde o anúncio da criação de empregos nos Estados Unidos em volume abaixo do esperado que os operadores de mercado mostram desânimo com uma alta de juros por lá. A expectativa era que esta subida ocorresse neste mês, mas a decisão deve ficar para setembro. Nem mesmo o cenário político provocou reação no dólar, que fechou o terceiro pregão em queda de 1,26%, a R$ 3,447. Já o índice Bovespa encerrou o dia perto da estabilidade, alta de 0,11% aos 50,487 pontos.