A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai retomar a agenda de viagens internacionais. Neste sábado, 10, ela embarca para Portugal, onde deve aproveitar para pedir apoio à aprovação do acordo entre Mercosul e União Europeia.
“Portugal é um país com que temos uma relação muito próxima e que pode nos ajudar de diversas formas, inclusive apoiando o acordo Mercosul-União Europeia”, afirma o secretário de Comércio e Relações Internacionais. Orlando Leite Ribeiro, que estará junto com a ministra nesta viagem.
Esta semana, o Parlamento Europeu votou contra o acordo, alegando que o Brasil vai contra “compromissos feitos no Acordo de Paris, particularmente no combate ao aquecimento global e na proteção da biodiversidade”. Além disso, os europeus exigem que os países do Mercosul obedeçam os mesmos critérios de qualidade e sustentabilidade e as leis trabalhistas do bloco.
O governo brasileiro reagiu à decisão. Em nota, o Ministério da Economia afirmou que acompanha com atenção a manifestação dos membros do parlamento, mas ressaltou que a decisão não tem efeitos reais sobre o processo legal de apreciação do tratado.
Orlando Ribeiro destaca que os termos do acordo não foram divulgados ainda. “Estão se manifestando em cima de uma ideia, que não é nem verdadeira. Essa nossa ida também é para desfazer o mal entendido e essas versões mal intencionadas de pessoas que não querem ver o acordo prosperar”, diz.
Segundo o secretário, o tratado dará mais competitividade a produtos de exportação, como carnes, açúcar e café. “Existem, hoje, camada tarifárias. Conforme o produto vai sendo processado, elas vão subindo. Então queremos dar, por exemplo, ao café brasileiro beneficiados condições melhores de entrada na Europa. Queremos que seja agregado valor aqui no Brasil”, frisa.
O embaixador lembra, ainda, que desde o início da gestão de Jair Bolsonaro, o governo já abriu 97 novos mercados para os produtos brasileiros. A meta é fechar o ano acima de 100, mas para isso é necessário retomar a agenda de viagens internacionais. “Precisamos voltar à Ásia, que é a região mais dinâmica para as nossas exportações, e incluir alguns países europeus no meio”, diz.