A colheita de trigo no Rio Grande do Sul começa em meados de outubro, e a expectativa é de que a remuneração seja pior que a do ano passado. A De Baco Corretora projeta que a tonelada do cereal deve ficar abaixo do preço mínimo de R$ 644 no decorrer da safra. Um dos motivos é que a colheita do milho safrinha neste momento fez a demanda das indústrias de ração diminuiu.
“As indústrias estão em uma situação confortável. Os estoques mundiais estão altos, e os compradores não têm pressa. Nós tivemos um bom momento entre junho e julho, mas agora o cenário mudou”, avalia o consultor de mercado Marcelo De Baco.
No auge dos preços do trigo, a tonelada estava valendo até R$ 900 pelo produto de melhor qualidade. Quando a colheita na Argentina começar, De Baco estima preços menores ainda, por volta de R$ 580 a tonelada. A orientação do consultor é de que o produtor tente negociar antecipadamente com os patamares atuais.