O Brasil deve ter 2,21 milhões de hectares de trigo plantados em 2016. Uma redução de 9,58% em relação a 2015, quando foram cultivados 2,44 milhões de hectares no país. A previsão do tempo indica que no Mercosul o clima será ideal para o plantio, com perspectiva de aumento da produtividade.
Conforme o analista de mercado Luiz Carlos Pacheco, da Consultoria Trigo e Farinhas, a média foi de 2.260 Kg por hectare em 2015 e a previsão para 2016 é de 2.831 Kg/ha, aumento de 25,27% na produtividade média.
Com isso, a produção em 2015 deverá chegar a 5.534,9 toneladas e para 2016 a expectativa é de 6.320,1 toneladas, uma alta 14,19%. “O aumento da produtividade deve compensar a redução de área no Brasil”, aposta Pacheco.
Argentina
Segundo o analista a importação entre 5,500 e 6 milhões de toneladas de trigo argentino é o normal para o Brasil. Entretanto, ele diz que se for confirmado aumento de produção local, a importação do produto da Argentina deve cair para 4,1 milhões de toneladas.
Preço
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De agora até agosto os preços devem ficar firmes, entre R$ 700 e R$ 750 por tonelada no Rio Grande do Sul e entre R$ 800 e R$ 850 no Paraná. “Depois disso vai depender de se confirmar a produção. Se a produção for a esperada, o preço vai cair um pouco”, indica Pacheco.
Sobre a redução da área nos Estados Unidos, indicada em relatório do Departamento de Agricultura do país (USDA), o analista diz que há “muito trigo sobrando no mundo depois de três safras recordes e demanda não tão ativa”. Para ele, o produto está barato, não remunerando o devido e por isso o mundo vai reduzir área, fazendo os preços em Chicago subirem daqui para frente.
