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Mercado e Cia

Vendas de máquinas agrícolas crescem 6,2% de janeiro a junho no Brasil

De acordo com Pedro Estevão da Abimaq, se no fim do ano as vendas forem 5% maiores que 2019, isso resultaria em um crescimento de 22% nos últimos 4 anos

As receitas com vendas de máquinas de janeiro a junho deste ano cresceu 6,2% na comparação com o mesmo período do ano passado e atingiu R$ 8,221 bilhões. Nos primeiros 6 meses de 2019, as vendas foram de R$ 7,719 bilhões. De acordo com as expectativas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as vendas deste ano devem ser 5% superiores em relação ao ano passado.

Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, comentou a respeito do aumento das vendas e sobre o impacto da pandemia no setor.

“Neste ano vimos um recorde para a produção de grãos e exportações. Estes fatores são positivos e atraem novos investidores. Se as vendas de máquinas agrícolas forem 5% maiores do que 2019, isso resultaria em um crescimento real de 22% nos últimos 4 anos. Assim como o agronegócio, as vendas de máquinas seguem no mesmo ritmo de crescimento”, diz Estevão.

O principal “motor” para essa alta nas vendas, de acordo com o Estevão, é o aumento da capitalização dos produtores brasileiros, que a partir da boa rentabilidade, investe em novas máquinas que por sua vez oferecem uma maior produtividade ao profissional e fortalece agronegócio brasileiro.

Segundo Estevão, os cancelamentos das feiras por conta da pandemia da Covid-19 não afetou as vendas de máquinas agrícolas. “As feiras são interessantes as fábricas e ao agricultor para fazer um planejamento das compras, e nessa questão, elas fizeram falta neste ano, mas por um outro lado, as vendas não foram afetadas”.

No entanto, Pedro ressalva que novos investimentos devem ser feitos para o ano que vem por conta do pouco tempo para contratar e treinar trabalhadores, e acredita que o crescimento do setor incentiva as produções. “Qualquer investimento neste momento, deve ser projetado para o próximo ano. Nos últimos 4 anos, há um aumento nas vendas, são crescimentos consistentes que fazem com que as fábricas aumentem a produção de forma gradual e suficiente para atender o mercado”, finaliza Estevão.

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