O surto de coronavírus no mundo trouxe apreensão ao mercado financeiro e levou investidores a migrarem para ativos mais seguros, como o dólar. Além disso, muitos retiraram seus investimentos de países emergentes, o que levou ao fortalecimento da moeda americana frente às outras.
De acordo com o sócio-diretor da MB Commodities, Pedro Dejneka, a taxa de câmbio subiu 27% desde o início do ano. “Para se ter uma ideia, a saída de dólares do país já chegou ao dobro do observado durante a crise de 2008”, comenta.
Questionado se este é o momento ideal para vender a soja, já que os preços em real estão em patamares historicamente muito altos, ele diz que o produtor não deve olhar para as especulações sobre o teto do dólar. “Ele tem que olhar para as suas contas. Vale a pena ir fazendo uma média já com esses preços? Para muitos, sim. Mas temos produtores também que não podem vender em real, e precisam casar isso”, diz.
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Sobre o impacto do coronavírus na economia mundial, Dejneka afirma que é necessário cuidado com o medo que se instala em momentos assim. “Tudo isso vai passar, como as crises já passadas. E elas trazem muitas oportunidades. Vemos o câmbio colocando preços historicamente altos quando [a Bolsa de] Chicago está abaixo de US$ 8,50”.
