Uma frente fria avança pela região Sul levando chuva para os três estados neste início de semana. O volume chegou a 120 milímetros no oeste do Paraná em 24 horas. Desde meados de fevereiro, a chuva se intensificou sobre o Sul.
Em um primeiro momento, o volume de águas trouxe alívio e amenizou a forte estiagem do verão. Mas, neste momento, a chuva é excessiva e paralisa as atividades de campo, seja a manutenção da segunda safra de milho, ou a colheita de soja. Por outro lado, a estiagem aumenta cada vez mais em Minas Gerais, Goiás e Bahia. Vários municípios não registram chuva forte há pelo menos 50 dias e há preocupação com perdas na segunda safra de milho e safra de algodão.
As simulações meteorológicas utilizadas pela Climatempo indicam mais chuva no Paraná e meio oeste de Santa Catarina. O fato é que a chuva encharca o solo e mantém as atividades de campo paralisadas nos três estados do Sul, pois mesmo no Rio Grande do Sul, algumas áreas vão receber chuvas fortes.
Depois disso, na segunda metade da semana, a chuva finalmente avança para áreas do centro e norte do país após uma estiagem de pelo menos 20 dias no Sudeste e Centro-Oeste, e de mais de 50 dias no norte de Minas Gerais e no Vale do São Francisco, na Bahia. Justamente a área que mais precisa de chuva é a que vai receber maior acumulado, tanto que a reposição da umidade do solo alcança pelo menos 20 pontos percentuais no norte de Minas Gerais, entorno do Distrito Federal, sudeste de Tocantins e sudoeste da Bahia.
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Por outro lado, há uma área em que a chuva não será tão intensa o que mantém a umidade do solo abaixo dos níveis ideais para o desenvolvimento agrícola, casos de São Paulo, Triângulo Mineiro e algumas áreas do centro de Mato Grosso do Sul e do sul e oeste de Mato Grosso (milho, cana de açúcar, café, laranja e algodão). Além disso, a semana será com chuva, mas sem acumulados extremos no norte do Piauí e do Maranhão e em boa parte da região Norte.
Na sexta-feira (15), o avanço de uma massa de ar frio vai derrubar a temperatura na região Sul com potencial para geadas fracas em áreas como Soledade (RS), Campos Novos (SC) e União da Vitória (PR). O fenômeno pode alcançar áreas minoritárias de soja, milho e feijão e hortifruti dos três estados.
Além disso, a massa de ar frio vai deixar o centro e sul do Brasil com um período mais prolongado de tempo seco, o que vai servir para a retomada das atividades de manutenção e colheita. A próxima chuva forte reaparece apenas por volta de 24 de abril no sul de Mato Grosso do Sul e na região Sul.
A previsão do tempo mais estendida indica a manutenção da chuva mais intensa sobre a região Sul até os últimos dias de abril. Boa parte do Centro-Oeste e interior do Sudeste, no entanto, permanecerá sob tempo seco. Na primeira semana de maio, a chuva volta a se espalhar por São Paulo, sudoeste de Goiás, Mato Grosso do Sul e sul e oeste de Mato Grosso, ajudando na finalização do desenvolvimento da segunda safra de milho.
