Após recuo de 95% nas exportações de milho em março, a projeção feita pelo analista de mercado Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio aponta para um cenário favorável às exportações do grão a partir do segundo semestre.
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“A partir da revisão dos números, estimamos uma segunda safra de milho acima de 90 milhões de toneladas, o que permitirá ao país exportar mais de 40 milhões de toneladas neste ano. Isso vai permitir que o Brasil ocupe espaço deixado pela Argentina e pela Ucrânia, que é um dos grandes players globais”, diz.
Ainda segundo o analista, o movimento de queda nos embarques pode ser considerado normal no primeiro semestre do ano. Assim, as vendas ganham fôlego a partir do meio do ano, com o avanço da colheita da safrinha.
Se no milho as exportações estão com resultados negativos, o mesmo não se pode dizer da soja. Com dois terços das vendas externas concentradas no primeiro semestre, o volume embarcado cresceu 37% só no primeiro trimestre deste ano.
Com as demandas interna e externa em alta pela soja, Cogo prevê uma queda nos estoques da oleaginosa, o que deve provocar uma disputa entre exportadores e vendedores locais no final deste ano.