>> Canal Rural apresenta série de reportagens sobre missão brasileira na Alemanha
O gerente geral da Câmara Brasil Alemanha, Valmor Kerber, afirmou que o mundo cada vez mais depende do Brasil, com o tamanho que ele tem e com o potencial para o agronegócio que o país tem.
– E isso apenas está começando. Nós fomos para a Alemanha para buscar parcerias, empresas que invistam conosco em tecnologia no Rio Grande do Sul para que possamos ampliar a produção.
Segundo o guia turístico Walter Röhr aquela imagem antiga do Brasil, de país de samba, futebol e praia, acabou totalmente.
– Hoje o Brasil pra nós é a nova potência econômica – afirma.
A novidade foi confirmada pelo embaixador do Brasil na Alemanha, Everton Vieira Vargas. Ele recebeu a missão brasileira e o convite para a Expodireto Cotrijal, que agora pode ser incluída em um calendário de eventos da embaixada.
De acordo com Vargas, é importante que empresários brasileiros venham mais ao país.
– A Alemanha é um país muito voltado à exportação e por esta razão é um local que tem também mecanismos e eventos que facilitam a busca de novos mercados além do mercado europeu.
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O presidente da Expodireto Cotrijal, Nei Mânica, afirmou que os empresários brasileiros devem trazer seus produtos até a Alemanha para agregar valor à produção.
Os empresários brasileiros conheceram os principais pontos turísticos de Berlim. A cidade tem 3,5 milhões de habitantes e é a maior da Alemanha. A capital também é um dos mais influentes centros de política e cultura da Europa.
Berlim está longe de ser uma cidade comum. Muitos prédios foram destruídos durante a segunda guerra mundial. Outros guardam marcas de um passado recente, quando a briga entre capitalistas e comunistas separou a cidade. O símbolo maior foi o muro erguido em 1961. O muro de 162 quilômetros foi construído em apenas três dias.
Além de novos contatos, a viagem deixou uma lição aos participantes. O mundo continua dividido, mas não mais como no tempo em que o muro de Berlim separava a capital da Alemanha.
A divisão agora é explicada por palavras como tecnologia e estratégia. No mundo do agronegócio, elas separam quem pode crescer no futuro de quem pode perder essa chance.
– Em alguns locais do interior a tecnologia ainda não chegou, como no Leste Europeu. Lá ocorre uma desolação, uma falta de autoestima do produtor, pois ele não vê resultado. Se nós vamos até onde há tecnologia na Alemanha ou na Expodireto Cotrijal, onde tem agricultura de precisão, percebemos a mudança. É o Berlim Ocidental para o Berlim Oriental – afirmou o vice-presidente da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), Irno Preto.
A missão brasileira na Alemanha mostrou como é possível estar do lado que cresce. As metas para a próxima Expodireto Cotrijal são de uma feira com um pavilhão inteiro dedicado a empresas de outros países.
