Após a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentar à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, as propostas para o Plano Safra 2020/2021, o comentarista do Canal Rural Ivan Wedekin afirma que o governo tem condição de reduzia a taxa de juros do crédito rural, um dos principais pleitos da entidade.
Ele comenta que quando o Plano Safra anterior foi oficializado, a Selic, taxa básica de juros, estava em 6,5% e que neste momento, com o juro a 3% (menor patamar da história), há espaço para atendimento da reivindicação.
Pronaf
No Plano Safra 2019/2020, foi estipulado que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) teria juros entre 4% e 6%. Wedekin afirma que a taxa média entre julho de 2019 e abril deste ano foi de 4,2%.
“Para o ano que vem, acredito que a proposta para os pequenos agricultores poderia ser de juros entre 2,5% e 3,5%”, diz.
Pronamp
Já para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), a taxa em vigência é de 6% a 7% mas que a média atual está em 6,1%. “Para a safra que vem, uma proposta boa seria a de juros a 4% e 5% ao ano”.
Grandes produtores
A taxa de juros para os grandes agricultores ficou na temporada 2019/2020 em até 8%, mas o que atualmente está sendo praticado no mercado são taxas de 6,9% em média,
“Há grande concorrência entre os bancos pelo atendimento desses produtores, tanto que a taxa está abaixo do teto proposto”, afirma. Ele acredita que o ideal neste ciclo seria taxa de juros até 6% ao ano.