Possível La Niña no 2º semestre deve piorar situação no Rio Grande do Sul

De acordo com a Somar Meteorologia, as chuvas continuam fortes no Nordeste neste final de semana. Além disso, a empresa indica tempo firme na área desde o Rio Grande do Sul até o sul da Bahia. Esse cenário além de ser prejudicial para o estado gaúcho, prejudica também Santa Catarina, Paraná e Argentina.

Pryscilla Paiva, editora do tempo do Canal Rural, comenta que o verão trouxe problemas para o Sul do Brasil, especialmente para o Rio Grande do Sul que não consegue resistir a grandes oscilações climáticas. A situação pode ser ainda mais preocupante visto que para o segundo semestre há possibilidade de La Niña, fenômeno que deve atrasar ou fazer com que não chova nessas regiões. 

Em Santa Cruz do Sul (RS), região que possui média climatológica anual de 1.674 milímetros e poucas oscilações nas chuvas mensais, a cidade apresenta chuva abaixo da média na soma dos dois primeiros meses de 2020, com 137 milímetros em janeiro e 30 milímetros de chuva em fevereiro. A média para os meses é de aproximadamente 270 milímetros. Esses acumulados, de acordo com Paiva, não são tão baixos desde 2011 e 2012, caracterizando um grande problema para a região que pode ser agravado pelo La Niña.

Para os próximos 30 dias na região, são previstos 65 milímetros de precipitações com apenas 10 dias de chuva. A Somar indica que essa chuva retorna apenas no início de abril e mesmo com o seu retorno, há grandes espaçamentos, chovendo em poucos dias com níveis superiores a 15 milímetros.

No Sul do Brasil, como o clima está seco, e com chegada do outono, há uma grande amplitude térmica. “Então a região conta com manhãs mais frias e tardes mais quentes, esse cenário é visto em todo o Centro-Sul do Brasil”, diz.