A valorização do café no mercado interno continua. No Cerrado mineiro, o preço superou R$ 600 e atingiu o patamar mais alto em três meses, de acordo com levantamento da Safras & Mercado. Já no indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor da saca avançou pelo oitavo dia consecutivo, chegando a R$ 585,17.
Segundo o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, não há um motivo específico para a alta nas cotações. “É um conjunto de fatores. Primeiro, o clima. Não chove há algum tempo, o que no momento favorece a colheita, porém, a previsão de chuva é somente para outubro e isso pode prejudicar a próxima safra. Os cafeeiros estão saindo da colheita muito prejudicados. Foi uma safra volumosa e o ideal era receber chuva no fim de agosto e início de setembro”, explica.
“Outro fator é que os embarques de café estão positivos. Além disso, dados mostraram na última semana que o consumo de café fora do lar voltou a se recuperar. Todos esses motivos fazem com que os compradores da Bolsa de Nova York se precaverem. É um misto de fatores que levou a esse cenário nos preços do mercado de café”, afirma o especialista.