Após queda nos preços do milho, o mercado do cereal se acomodou, segundo a consultoria Safras & Mercado. O analista Paulo Molinari lembra que essa diminuição recente dos valores esteve atrelado ao risco de menor liquidez interna.
“Com varejo parado, sobra frango nas câmaras frias, sobre suíno e isso tudo causou a pressão interna sobre os preços na cadeia produtiva. Com isso, o impacto surgiu também no milho. Mas para agora, temos um momento de acomodação”, explica.
Ele lembra que a segunda safra de milho no Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai está sofrendo com a seca. Além disso, para o segundo semestre, há expectativa de exportação a partir de junho e julho. “A safrinha de milho 2020 ainda não entrou no mercado. A partir de junho, a gente poderia ter pressão agressiva de entrada da colheita e baixa no mercado interno”, diz,
No entanto, ele afirma que até junho, a demanda interna, com necessidade de abastecimento regional, não deve reduzir os preços do grão no Brasil. Ele explica que a expectativa para o preço do grão no segundo semestre está o preço no porto menos a despesa do frete para o interior. “Lembrando que hoje o preço no porto está entre R$ 45 e R$ 46 por saca”.