Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Mercado e Cia

Preço da soja bate recorde e deve continuar subindo, diz Liones Severo

De acordo com o diretor da SimConsult, mesmo que o dólar recue, a tendência é altista por conta da escassez de oferta no mercado interno

O preço da soja fechou esta quarta-feira, 12, a R$ 128 no porto de Rio Grande, novo recorde. Segundo o diretor da SimConsult, Liones Severo, houve registros de sacas sendo negociadas a R$ 130. “Vai continuar subindo. Nesta quinta-feira, 13, continua em R$ 130 mesmo com a queda do dólar. Agora não faz mais diferença, o dólar pode cair. O preço da soja vai continuar subindo, pois temos uma crise de escassez soberana”, diz.

O analista afirma que nem mesmo a previsão de safra cheia nos Estados Unidos, que de acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura do país (USDA) deve superar 120 milhões de toneladas, vai mudar o quadro. “O assunto é doméstico: está faltando soja para suprimento interno e a importação se torna muito difícil”, frisa.

Além disso, segundo Liones Severo,  os dados do departamento americano estão um pouco inflados. “Até porque houve o Derecho, aquela tempestade que penalizou lavouras de sete estados americanos. Essas dúvidas sobre produção e produtividade devem se estender até o fim do ano e o mercado tem muito a ganhar com isso”, diz Severo.

Os rumores de que a China estaria trocando a soja brasileira pela norte-americana não fazem sentido, segundo o diretor, já que há uma diferença de frete de US$ 11 por tonelada em favor do Brasil frente aos Estados Unidos, além do fato de que os chineses apreciam a qualidade do produto brasileiro.

É hora de negociar as safras futuras?

De acordo com Severo, o Brasil segue cometendo erros ao precificar safras futuras. “Já cometemos este erro para o açúcar,  o café e o algodão e estamos errando novamente. Quando você precifica safras futuras, você tira toda a possibilidade de conseguir bons valores em dólar, que é uma moeda forte. Em tese, adiantar suprimentos para safras futuras com dois ou três anos de antecedência só traz prejuízos”, finaliza.

Sair da versão mobile