As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 102,7 mil toneladas em julho. O volume supera em 2,2% o desempenho registrado no mesmo período de 2020, quando foram embarcadas 100,4 mil toneladas. A receita totalizou US$ 246,4 milhões, resultado 21,3% superior aos US$ 203,1 milhões alcançados em julho do ano passado. As informações são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
- Carne suína: exportações do Brasil perdem força em julho, mas demanda chinesa ainda é alta
- Competitividade da carne suína cresce em julho diante da queda no preço
No acumulado do ano, as exportações de carne suína alcançaram 665,4 mil toneladas. Uma alta de 14,76% na comparação com as 579,8 mil toneladas vendidas no mesmo período de 2020. Com isso, a receita no período chegou a US$ 1,596 bilhão. O número é 24,8% maior que o registrado entre janeiro e julho do ano passado – com US$ 1,279 bilhão.
Entre os principais destinos das exportações, a China importou 348,4 mil toneladas nos sete primeiros meses de 2021, número 23,5% acima do embarcado em 2020 no mesmo período. Outro destaque é o Chile, com importações de 37,7 mil toneladas (+80,3% no mesmo período), além do Uruguai, com 25 mil toneladas (+8,6%), Angola, com 18,2 mil toneladas (+4%), Argentina, com 16,2 mil toneladas (+85,2%) e Filipinas, com 13,5 mil toneladas (+197%).
“O expressivo aumento da receita das exportações sinaliza, entre outros pontos, o repasse das fortes altas dos custos de produção que alcançam o mercado internacional, assim como no mercado doméstico. O quadro sanitário da Ásia segue pressionando a demanda dos países da região por proteína animal de outras nações, incluindo o Brasil. Ao mesmo tempo, os países da América do Sul têm buscado apoio em nosso setor produtivo para complementar a sua oferta interna, favorecendo a expectativa de um fechamento de ano em patamares de exportação novamente acima de 1 milhão de toneladas”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.