Nesta quarta-feira, 5 ocorreu a primeira audiência sobre a reforma tributária no Congresso Nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes e o secretário especial da Receita Federal, José Tostes foram convidados pelos parlamentares para explicar a proposta enviada pelo governo. O comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, falou a respeito da proposta
“A proposta de reforma do ministro Paulo Guedes seria acrescida a outras propostas para uma reforma total de arrecadação no Brasil. O ministro pretende criar um imposto para ser tributado por fora, sendo que toda cadeia é tributada com esse imposto atualmente, com o consumidor e o produtor fazendo parte dessa cadeia. Há incidências tributárias que não são possíveis identificar, a intenção é acabar com isso e instaurar um imposto com melhor identificação”, diz Daoud.
Porém, de acordo com o comentarista, essa mudança resultaria em uma queda na base tributária atual e caso isso ocorra, será preciso aumentar a tributação atual, o que vai contra as propostas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes.
“Caso essa tributação seja alterada, o agronegócio será indiretamente impactado, essa oneração acaba atingindo o produtor e o consumidor, com isso, mesmo sem um aumento de impostos, a alteração na tributação acaba imediatamente o agronegócio”, comenta Miguel.
Segundo Daoud, o ministro mencionou um tema importante quando afirmou que pessoas com inflûencia política e econômica no Brasil não pagam impostos, com desonerações atingindo R$ 300 bilhões no país. “São mais de R$ 3,5 bilhões de impostos postergados com uso de advogados influentes, então é um tema importante”.
Daoud finaliza repercutindo a fala de Paulo Guedes que chamou o sistema de arrecadação brasileiro de “manicômio tributário”. O comentarista acredita que o ministro sofrerá com muita pressão para aprovar a medida.
“Todos que tentaram fazer uma reforma tributária no Brasil, levaram uma sofreram pressão, então é preciso que o ministro tome cuidado. Precisamos desta reforma, que é imprescindível para o Brasil”, afirma Daoud.