O governo federal decidiu manter a redução de 13% para 10% na mistura do biodiesel ao diesel no quarto bimestre deste ano. A informação foi confirmada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e pela Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio).
Em entrevista ao Rural Notícias, o presidente da Abiove, André Nassar, disse que a medida demonstra uma falta de previsibilidade para quem investiu no setor. “É um retrocesso enorme. Sabemos que o empresário corre o risco do mercado, mas o governo está acabando com toda a estabilidade do negócio biodiesel. A maior preocupação do governo é com o preço do diesel, mas a redução não é temporária, parece que veio para ficar”, disse.
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Nassar explica que essa mudança por tempo indeterminado complica a situação de quem investiu imaginando no progresso da adoção do biodiesel em níveis mais elevados. “A mensagem é que não há qualquer priorização do governo federal em relação ao biodiesel. Vai precisar de mais diesel na mistura, priorizando as importações em detrimento do biodiesel produzido no Brasil. É um erro estratégico, por causa de 7 ou 8 centavos de diferença no preço do consumidor”, completou.
A grande questão, continua, é que o governo não teria estabelecido nenhuma regra clara para posicionar os investimentos do setor na produção do biodiesel.
