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ABQM investe em competições envolvendo paratletas

Conheça a história de pessoas que superaram obstáculos e encontraram a felicidade em competições de cavalos

Fonte: Canal Rural

Entre todas as competições que movimentam o Congresso Brasileiro da Raça Quarto de Milha, que começa neste sábado na cidade de Avaré, no interior de São Paulo, a prova de três tambores tem recebido atenção especial por ter a categoria paratleta, que promete muita emoção e superação de limites.

O competidor Gabriel Claro, por exemplo, tem no cavalo um aliado não apenas para a competição e sim para a vida. Ele sofreu uma  lesão na medula causada por um vírus e ficou sem o movimento das pernas. Com o tratamento e os treinos, ele voltou a andar e o que não faz sozinho, faz com a ajuda do cavalo.

“Eu não consigo correr, mas o cavalo me ajuda nisso. Com ele, consigo ter velocidade”, falou.

A história da Veridiana Real é ainda mais impressionante, pois assim que nasceu ela recebeu o diagnóstico que não conseguiria falar, andar, nem ficar em pé. Mas agora, aos 23 anos, ela é uma competidora da prova de três tambores e, de acordo com a mãe, Andrea, o cavalo é um dos grandes responsáveis pela recuperação.

“Um dia eu desci a Veri do cavalo e, como ele faz o mesmo movimento da gente para andar, ela saiu andando. Eu ajoelhei e agradeci porque foi o melhor presente que Deus poderia ter me dado. Eu fazia hipismo e a Veridiana veio atrás no cavalo. Eu me assustei, mas não fiz nada. Foi nesse dia que ela falou que estava sentindo o vento bater no rosto, que era o maior sonho da vida dela: a velocidade”, disse.

Com o cavalo, veridiana vence obstáculos e abre caminho para outros paratletas. “Tudo começou quando eu mandei um e-mail para a ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha – e foi aprovada a categoria de paratletas. Isso é importante para as pessoas terem menos preconceitos e verem que a gente tem algumas limitações, mas é normal”, falou Veridiana.

A associação avalia o caso de cada paratleta antes da competição. “Nós determinamos quais tipos de ajuda podem ser utilizadas, como, por exemplo, um velcro na coxa, um elástico no pé ou uso de voz para impulsionar o cavalo para uma pessoa que não tem força nas pernas ou não tem mobilidade boa de assento”, disse a fisioterapeuta Brigitte Walter.

Além da prova de três tambores, outras modalidades devem ter a categoria paratleta em breve, conforme revelou a coordenadora da categoria paratleta da ABQM, Natasha Marcondes. “Queremos para as provas de rédeas, baliza e cinco tambores. Então, podemos esperar mais competidores em eventos oficiais da ABQM”, falou

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