Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Acordo sobre refúgio está perto de ser fechado

Medida serve para preservar a produtividade das plantações

Fonte: Fernando Carvalho/Arquivo Pessoal

Produtores e indústrias devem fechar acordo sobre refúgio nos próximos dias. A prática, que prevê a reserva de um percentual da lavoura cultivada com sementes geneticamente modificadas para ser plantada com sementes convencionais, é considerada fundamental para preservar a produtividade das plantações.

Ao longo dos últimos meses, as entidades produtoras se reuniram com as empresas fabricantes de sementes com tecnologia Bt. O objetivo era chegar a um consenso sobre as regras que o agricultor precisa seguir para garantir a produtividade das culturas de soja, milho e algodão e evitar a resistência a pragas e doenças.

“Até semana que vem, nós vamos finalizar o assunto refúgio no Brasil”, afirmou o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Brasil (Aprosoja), Almir Dalpasquale. “Nós conseguimos convencer os detentores da biotecnologia de reconhecer e ter a responsabilidade de informar aquilo que os produtores tem que fazer de fato”.

Uma das reivindicações dos agricultores é que as empresas forneçam sementes convencionais com alta produtividade, assim como aquelas com tecnologia Bt, como forma de estimular a prática do refúgio. Isso deve estar no documento que será entregue pelas indústrias aos produtores nos próximos dias. A tendência é de que ele nem seja encaminhado ao Ministério da Agricultura, ficando como um acordo entre as duas partes.

Neste ínterim, a equipe técnica do Ministério vai recomeçar o trabalho para elaborar um documento com as regras sobre o refúgio em lavouras Bt. A pasta não dá entrevistas sobre o assunto, mas a informação é que o Departamento Jurídico considera a publicação de uma Instrução Normativa. O assessor jurídico da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Rude Ferraz, afirmou que o mecanismo tem a função de regulamentar uma lei ou decreto, o que no caso do refúgio, não existe, defendendo a escrita de uma Resolução. “A resolução tem uma força menor é uma recomendação, pode ou não ser seguida, sem cobranças, sem punições”, disse.

Para o diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, a publicação de uma norma sobre o assunto é urgente. “Quando os preços internacionais da soja, seja no bushel, no dólar valorizado a quase R$ 4 como agora, a tendência é o produtor querer resgatar toda a sua área, e a normatização do refugio vai ser muito importante para controle de pragas e evitar a resistência”, afirmou. 

Sair da versão mobile